sábado, 16 de outubro de 2010

Esquizofrénico Capitulo 6 - Penúltimo Capitulo - Parte 1


Pelo manto negro, Rita tentava se recordar do que conseguira ver do trajecto que efectuara na viatura. Havia distinguido com nitidez o som caracteristico dso barcos, pelo que deduzia que seria perto do porto de pesca. Só que o porto de pesca não era propriamente um sitio pequeno para pesquizar. O que mais a incomodava é que quan to mais andava, mais lhe doìa a cabeça. Cada passo que dava, parecia-lhe demorar uma eternidade. talvez fosse resultado da tortura, pensou. Talvez a máquina não tivesse sido tão inofensiva assim.
Poucos metros atrás dela, um oficial do Nucleo de Investigação Criminal da policia, seguia-a a mando do seu superior.
Encolhido nas sombras por onde passava, ia contactando o seu superior:
-Tinha razão, a rapariga está procura do sitio.
-Ela julga que o temos prêso. Não sei o que ela pretende.
-Estava com esperanças que nos levasse ao caderno.
-Pois, mas se ele ainda existir terá forçosamente de estar deste lado da cidade.
-Então o que ela pretende?
-Não faço a minima ideia. Aconselhei o pai e a amiga a entrarem em casa. Espero que não se apercebam da falta dela até de manhã.
-Confirma-se que eles estão a ficar sem tempo?
-Perfeitamente. Sei que Jules está cá!
-O Jules? É a opurtunidade que esperavas.
-Não só apanho os criminosos, como capturo o cérebro do grupo.
-Mas porque a sigo? Ela não nos vai levar a eles.
-Nunca se sabe.
Rita pemanecia obstinada no rumo do caminho que tomarar horas antes, quando surpreendentemente parou e olhou de soslaio para um prédio enorme e longo. Um antigo hospicio que funcionara em tempos nessa parte da cidade.
Sinistramente, ela mudou a trejctória e como se respondesse a um pedido sinistro do seu coração, avançou em direcção ao hospicio.

Não era propriamente um ambiente sinistro ou sombrio, aquele que esperava os dois corajosos ao cimo das escadas.
Era apenas um silêncio enervante a meia luz encoberto, que colhia toda a concentração dos dois seres.
Na frente, ele seguia a passo solto, como se estivesse em casa, enquanto enervada, ela seguia-o devagar, com medo de ser surpreendida.
Estacaram diante de uma porta metalizada e por uns segundos, que a ela pareceram horas, Mauro aguardou:
-Que fazes agora. Passou-te a coragem?
-Não. Assim não está bem.
-O que não está bem?
-Isto.
-Queres começar a falar Português para variar?
-Ninguem de guarda, ninguem ao fundo das escadas...
-Não disses-te que isto não era uma prisão?
-E não é!
-Então?
-È a base de operações deles nesta terra.
-Quê?
-Sim. Uma espécie de Quartel General.
-E ficas assim, nessa calma toda?
-Não sou o Rambo.
Ela permaneceu estupefacta ante o ar de perfeita calmaria do companheiro e mais assustada que corajosa, respirou fundo e raciocinou por uns instantes. Agora de pouco lhe valia voltar atrás e sumir pela porta. 
Com ele a forçar e a instigar o mau génio dos raptores provávelmente não iria longe.
O que a incomodava fortemente, era saber que dificilmente poderia contar com ele. Teria de proceder como sempre procedera, contando só com ela e com as suas capacidades. 
Mas o que a assustava verdadeiramente era a incógnita que a porta de metal escondia. 
Não, ela não poderia abandonar tudo. Não agora que queria forçosamente descobrir toda a verdade:
-Entras, ou terei de ser eu a tomar a atitude?
-Bem eu ainda penso que...
Sem perder tempo, ela rodou a maçaneta de aluminio , atirando violentamente com a porta até ela atingir a parede e revelar o conteudo de uma pequena sala.
Decida ela entrou, sendo seguida de perto por Mauro:
-Então, onde estão os Maus?
-Estranho, deviam estar aqui.
-Oh meu Deus, porque eu tenho de levar com gajos como tu?
-Não, a sério. Eles tinham de estar aqui! Esta é a base deles, eu coloquei isso no caderno. Eu estive aqui, e o sujeito careca, que gritava...
-Careca?
-Sim e gordo...eu não entendo.
-Bom, não há aqui nada. Temos de ir ter com a Rita.
-Lamento, mas isso não vai ser possivel!
Os dois voltaram-se a encarar a voz pesada que surgiu na entrada da porta. 
Dois homens altos e atléticos, armados, protegiam um sujeito baixo, gordo e de chapéu que certamente seria moda nos anos 60.
-Vês, era este o careca de que falava! - Esclareceu Mauro.
-Estou a ver. Odeio quando tens razão.
O sujeito sorriu ao de leve, e sem se deter aproximou-se dos dois, acenando aos seus capangas para que fechassem a porta:
-Meu caro menino, nem imaginas como temos andado á tua procura!
-Menino? Este é um homem feito.
-Cala-te pêga, não estou a falar contigo.
-Pêga? -
Ela sentiu a raiva explodir-lhe no peito e cerrando os punhos, ameaçou:
-Sujeitinho anormaloide, veja como fala antes que eu...
-Que tu o quê?
-Te desfaça!
O pesado sujeito sorriu com gosto e encarando-a por uns instantes, voltou a sorrir, dirigindo-se ao jovem:
-Não sei como consegues arranjar companheiras tão reles. Depois de tudo o que te ensinamos.
-Deixe-a em paz!
-É esse o teu desejo? - Indagou o sujeito encarando Mauro
-Completamente!
-Bom, depois de tudo o que nos fizes-te, depois de tudo o que nos aprontás-te eu creio que estou em divida contigo. 
O sujeito rodou sob os calcanhares e pegando na arma de um dos capangas, sorriu ao de leve, antes de disparar sobre a jovem.
Aterrorizado, ajoelhou-se amaparando-a:
-Que descanse em paz!
-Canalha!
-Então, foi o que pedis-te!
-Eu?
-Que ela ficasse em paz.
-Juro por Deus que...
-Agora que vis-te como reajo a ameaças, vamos conversar.
-Que podes querer mais de mim?
-O caderno. Onde está o caderno?
-Achei que já o tinha. Os teus capangas já o pegaram.
-Infelizmente tal não aconteceu. Sabes porquê?
-Não.
-Porque estou rodeado de incompetentes.
-Cada um tem o que merece...
-O caderno?
-Estou a falar a serio, alguem o levou.
O sujeito sorriu de novo, e de mãos atrás das costas, começou a circular diante dele, que não tirava os olhos da mancha de sangue que escorria da tee shirt dela.
-Mauro, se alguem já tivesse o teu caderno, tu já estavas morto. Onde o escondes-te?
-De que adianta, irei morrer na mesma.
-Seguramente.
-Nesse caso...
-Mas há varias formas de morrer. E creio que a tua vai ser muito lenta.
-Canalha. Eu faço o que quizeres, mas chama uma ambulancia. Ela está a sofrer!
-Ela não me importa. O caderno?
-Mas, ela está a perder sangue...
-O caderno?
-Não o tenho comigo!
-Onde está?
Ele hesitou, enervqado, sacudinso os cabelos num gesto nervoso e receando encarar o sujeito a quem chamavam Jules, respondeu:
-No quarto. No meu quarto, escondido atrás do quadro das flores.
Jules arregalou os olhos, e olhando para um dos seus capangas, ordenou:
-Passem a mensagem!
De pronto, dois individuos abandonaram o Ford preto estacionado perto do apartamento de Mauro e dirigiram-se ao seu quarto a fim de confirmar a noticia.
Pouco tempo depois, o capanga alto com sotaque soviético alertou:
-Encontraram um caderno.
-Optimo!- Sorriu Jules de satisfação
-Agora, chame um a ambulância.
-Lamento, mas estou sem saldo. Adeus Mauro!
-Chefe?
-Sim?
-O caderno está ilegivel.
-Como?
-Só sarrabiscos estranhos.
-Maurês, eu receio, uma lingua que inventei! - Respondeu Mauro orgulhosamente.
Jules acenou a cabeça:
-Tanto pior. Se ninguem entende, é como se nunca existisse!
-Não é bem assim. -Retorquiu Mauro.
-Não?
-Existe uma pessoa que tem qa chave de resolução.
-Eu logo vi que não ia ser fácil! -Sentenciou Jules.
- Ah pois não.
-Esperaremos que regressem com o caderno.
-Certo chefe!

Do posto de vigia, do outro lado da rua, os informadores do Nucleo de Investigação Criminal informavam o eu superior, da entrada dos individuos no apartamento de Mauro
-Tenente, eles entraram.
-Para quê? Se ele não está lá?
-Não sei. Mas foram em passo apressado.
-Merda. Só pode ser o caderno!
-Avançamos?
-Positivo. Avancem!
Prontamente quatro homens avanaçaram para o prédio e abataream a tiro os intrusos do apartamen to que saìram.

Num gesto felino, Rita avançara as grades e muros e chegara ao corredor principal do hospicio seguida de perto pelo oficial da policia.
Em bereve as sirenes rasgariam o manto negro e invadiriam o silencio da noite.

---------------------------Fim de parte 1

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