quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Sei que tem que ser amor



O que será que sinto
Que me altera o instinto
Me faz a cabeça perder
E o meu coração bater!

Como isto me sucedeu?
Todo o meu ódio vil morreu
Transformando-se em algo inesperado
Em algo jamais, por mim, imaginado!

Algo assim, só pode ser mau
Sinto-me febril ao te ver
Sou jangada em vez de Nau
No mar dos teus olhos...crescer!

Que sentimento tão perturbador
Todo este imenso torpor
Me deixa nesta condição
De ser sujeito sem razão!

Libertem-me deste sofrimento
Acabem com todo este lamento
Quero descobrir o que sinto
Que a mim mesmo minto!

Dizei-me ó anjos Celestes, que coisa esta
Que esta aflição, já me tira o ar
Já nenhuma resposta agora me resta
Será isto, a que chamam amar?

Conseguirei eu viver assim?
Conseguirei a palavra amor verbalizar?
Eu, que nunca amei, pobre de mim
Desta vez, a ti eu vou Amar!

~~~~~~~~~~
Dueto Mefistus e Dianinha
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1 comentário:

  1. Confesso que estava renitente em juntar duas vozes tão diferentes no registo singular de Dianinha.
    Mas a verdade é que o resultado foi incrivelmente forte.
    Um poema muito bom, que não o poderia deixar de colocar aqui.

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