sábado, 4 de dezembro de 2010

Diablo - Introdução - parte 2




Planeta Rahzva - Imoraland - Palácio Central do Reino Sagrado.
34560 Anos Celestiais

Zahavi o fiel mensageiro alado, entrava de rompante nos Paços do Palácio Sagrado, pouco depois de ter aterrado. Ignorando as formalidades que o impediam de voar no espaço Sagrado, Zahavi o ser de cabelo dourado, abriu as asas e sobrevoou de rompante a imponente escadaria do edificio e dirgiu-se á sala de trono.
De olhar vago e rosto flácio, Zequiel permanecia apreensvo, ansioso por noticias:
-E então que me podes trazer de novo da fronteira?
-Meu senhor, temo ser portador de algumas inquietações.
-Como assim?
-Conforme haveis solicitado, consegui informações sobre os nossos inimigos e não sei até que ponto podem ser favoráveis.
-Continua...
-Segundo o que me foi afiançado, o Principe Negro foi deserdado e afastado do centro do comando.
O rosto apreensivo de Zequiel permaneceu ainda mais fechado:
-Estais certo dessa afirmação?
-Bem sabeis que sou invulnerável á mentira. Sou incapaz de a ouvir, por mais que a berrem nos meus ouvidos, é como se fosse surdo. Esse o meu Dom, ó nobre Zequiel!
-Sim eu sei. Mas é intrigante ...
-Confesso que sim. Segundo o que me disseram, foram as pr´prias Divindades a decidir afastá-lo.
-Quem vos contou?
-Krahmarr, um dos membros do palácio.
-Hum, conheço essa praga! No entanto não é de facto habilidosos a mentir.
-Sim, meu senhor.
Zequiel ergueu-se pesadamente do trono, e colocando calmamente as mãos atrás das costas, dirigiu-se á janela onde permaneceu uns mimnutos pensativo:
-Que outro Destino darão ao Principe?A Morte?
-Não meu Senhor. Até isso foi surpreendente.
-Ah sim? Continua...
-Pelo que me foi avançado, as Divindades Negras optaram por o expulsar para uma outra Dimensão, para um outro Planeta.
O Rei permaneceu silencioso, sem conseguir encarar o mensageiro. Contudo a sua face revelava cada vez mais preocupação:
-Porque as Divindades expulsariam e não matariam o Principe?
-Desconheço senhor. Foi apenas isto que me contaram.
-Nada mais vos foi acrescentado?
-Negativo senhor. È tudo o que ouvi!
-Não sabeis então quem ocupa neste momento os Destinos do Reino Negro?
-Não consegui obter essa informação. Parece haver uma grande indecisão!
-Sabeis ao certo para onde ele foi enviado?
-Sim, meu senhor. Falaram-me numa Galáxia distante e num Planeta redondo e azul de seu nome Terra.Tenho as coordenadas comigo. Paguei bom preço por elas.É no tal Planeta Terra.
-Terra? tendes a certeza?
-Foi o que me avançaram...
Zequiel aproximou-se do mensageiro, e aproximando-se o mais possivel do ouvido do ser alado, ordenou:
-Alertai todos os nossos espiões e mensageiros, para que redobrem a atenção às fronteiras. Creio que o inimigo nos atacará violentamente em breve.
-Assim será feito majestade.
Quase sem esperar que o mensageiro se retirasse, Zequiel mandou chamar os seus conselheiros, solicitando uma reunião magna com eles na Sala Este do palácio.
Aos ouvidos dos mensageiros, uma reunião Magna era sinal de alarme, pois regra geral, quando o Rei Ezequiel a convocava, significava invariavelmente que a decisão era pesada demais para ser tomada apenas por ele. De modo que quando o anuncio chegou aos seus ouvidos os três conselheiros se dirigiram rápidamente para a sala em questão.
Como habitualmente o rei já lá se encontrava, aguardando-os com impaciência e quase sem dar tempo para que eles ocupassem os seus lugares, principiou:
-Soube de fonte segura que o Principe Negro já não lidera as Hostes Profanas, pelo que tal mudança acarreta ao nosso reino uma grande preocupação.
Os três sujeitos apanhados de surpresa com a revelação, pareciam em estado de choque diante da notícia.
-O Principe morreu? - Perguntou Balzar a medo.
-Não. Foi afastad do cargo pelas Divindades Negras e enviado para outra dimensão.
Estupefacto, Balzar o mais velho dos três conselheiros, levou as mãos à cabeça e atónitamente interpelou:
-Isso é possivel?
-Sim. Há já algum tempo que tal não sucede, mas para ser franco, enviar um Principe para outra dimensão é a primeira vez, que se saiba.
-E que dimensão é essa? - Interrogou Sanuell
-Planeta Terra! - Ripostou o rei apreensivo.
-Oh, isso é terrivel!- Soltou nervosamente Balzar
O rei e os restantes conselheiros olharam Balzar com estupefacção:
-Conheceis este destino?
-Receio que sim, meu Rei.
-Falai então Balzar...
O conselheiro ergueu-se e apreensivamente dirigiu-se a um planisfério virtual, tocando com a ponta do dedo, enquanto a tela virtual ia mostrando as mais variadas constelações, dos diversos sistemas solares conhecidos.
Nervosamente, Balzar abriu um certo Sistema Solar e tocou de seguida com o dedo no Planeta Terra. Segundos depois, Eva a voz informática, anunciava:
-Planeta Terra, Gláxia conhecida em 1260 na expedição Nemus. Experiência fracassada, apesar dos habitantes terem a nossa aparência. Abandonada em 1290, pela mesma expedição.
O rei levantou-se e encarando num olhar frio o conselheiro, inquiriu:
-Nunca ouvi falar desta expedição.
-Foi no tempo do seu avô, o grande AláMessis. Recordo que o nosso reino enfrentava fome e carência, e que os combates com o lado Negro eram constantes. Nesse tempo o lado Negro ocupava todo o Planeta, há excepção deste local, onde agora existe este Palácio. Então o seu avô decidiu povoar novos Planetas, assegurar a subsistência da espécie.
-Compreendo...
-Mas por qualquer motivo que desconhecemos, todos os Seres ai clonados, eram dotados igualmente de um lado negro. A revolta e o ódio chegou e a expedição foi forçada a fugir e regressar.
-Mas ainda existe esse Planeta?
-Correcto sehor.
-Há vida nesse Planeta?
-Seres iguais a nós, na aparência mas mais limitados no uso do conhecimento.
O rei abandonou o seu lugar à mesa, e numa atitude de raiva, sentenciou:
-Agora percebo tudo! O Principe não foi castigado, isso é o que querem que pensemos. O Principe foi à procura de reforços.
-Mas meu senhor, mesmo que seja esse o caso, não creio que nesse Planeta exista uma ciência tão avançada como a nossa, que lhe permita voltar. - Alertava Sanuell.
-Mesmo assim, não correrei riscos!
-Que medida pretende tomar, senhor?
-Contra - Espionagem! Mandaremos alguem deter o Principe.
-Quem, majestade?
O rei permaneceu unsminutos pensativo e finalmente exibiu um sorriso de satisfação:
-Alguem que o Principe Negro odeie. Uma das nossas melhores Guerreiras.
-A Sarah ?
-Exactamente.
-Mas majestade, ela ainda nos é muito util aqui!
-Será mais lá, junto do Principe e aniquilando-o e assim salvará o nosso Reino.
Os conselheiros abandonaram a sala apreensivamente, enquanto o rei aguardava a chegada de Sarah e simultaneamente olhava o globo Terrestre a girar na sala vazia do palácio.
-Haveis solicitado a minha presença?
-Com efeito, nobre Guerreira. Tenho uma missão para vós. Uma missão crucial para todos nós.
-Em que poderei ajudar?
-Serás enviada a um Planeta, temos as coordenadas precisas. O teu objectivo é encontrar o principe Negro e ....matá-lo!
Ante a decisaõ do rei, ela não esboçou o menor receio, apenas sorriu de leve e esclareceu:
-Assim será feito Majestade!
-Boa Sorte e que a Força das Boas almas te guiem.
-Obrigado meu Rei.
Com a decisão do envio de sarah á Terra , o rei recuperou a sua boa disposição e sem perder tempo, emitiu comunicados em video-conferência para as sua mais altes patentes militares a fim de redobrarem os efectivos junto à fronteira.

2 comentários:

  1. as falas...
    a forma como descreves algo...
    como contas a historia...
    é...inigualável!!!

    Gosto de quando acabo de ler algo teu e fico pensativa relativamente a uma proximo capitulo...
    "mas e o que virá agora?
    será que...?
    ou...?
    uhmm" - penso eu...

    cá aguardo as proximas revelaçoes :)

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  2. Comecei-te a ler, essencialmente pela tua participação num outro blog. Com o teu romance a Vã glória de te amar e lentamente fui absorvendo o modo unico como revelas o teu talento.
    Fiquei com receio de ler este conto. Pareceu-me demasiado pesado, mas afinal, continuas tu. Interessante, incrivel e dotado de uma imaginação impar.
    Imaginas tudo e todos e no entanto as tuas personagens são tão reais, tão incriveis!
    Adoro estar aqui e esperarei novos desenvolvimentos do outro teu romance!

    Lurdes P.

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