quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A Causa Nobre da Vida


A Causa Nobre de Vida
Balanço no fino braço de Morfeu
A quietude e o embaraço, dado
Que a gloriosa ninfa me prometeu
Num sussurro imenso, fecundado.


A causa nobre de vida
Débilmente parida!


Rasgo no âmago de querer entender
Covardemente neste meu viver
Pudera a anciã de outros sonhos
Ou os Gnomos da mentira o manter.


A causa nobre de vida
Assim tão perdida!


Florestas mágicas e mil batalhas
Estórias e outras mil tralhas
em cabeça que não roda
Em viver que não é moda!


A causa nobre de vida,
Em morte contida!


Resta-me este ultimo sopro
em lábios de vermelho tinto
A dor eu já não a sinto
solidão de meu corpo.


A causa nobre de vida,
Em espasmos prometida!


Bordeis de pura loucura
neste meu leito de tortura
Na alma a eterna secura
que no Além perdura


Sou este que vos falo,
Este párida que vos canta


Na partida do ónus de vida
Tremendo erro de medida


A causa nobre da vida,
Em falsa vida consentida!


No fechar dos olhos doridos,
A ninfa nua e descalça dança
O ritual da vida que se foi,
O fim dos dias coloridos


R  itual final de uma dor
E   spasmo efervescente de um beijo
S   atirizado pelo Mundo Encantador
T   iranizado pela Vil Loucura!


I  mensamente Mágico
N ostálgicamente profetizado


P edaços de carência
E  nvolvência de insolvência
A  lma assim condenada
C  oncordata em dó menor
E  Serenamente o suspiro se foi

http://www.worldartfriends.com/pt/club/poesia/causa-nobre-de-vida 

1 comentário:

  1. Genial,Genial,Genial,Genial,Genial,Genial,Genial,Genial.

    Man, és demais.

    Hugo B.

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