Ténue saudade de mim
Em corpo sentido
No vazar dos dias secantes
Em Vicio Perdido!
Como um corpo suspenso em cordas de linho,
Como o fino tecer de ramos de um ninho
Ar de abrigo e imenso sentido
A procura de uma fortaleza que a dor destruiu
Fulminante, em teia bem construida
regelo na passagem dos dias frios
Divagações de dias de Sol
Alma em gelo metida
Por quem passam os dias?
A quem cantam as cotovias?
Quem matou o verde dos campos?
Quem roubou ao Alentejo, os Montes Amplos?
Saudade daquela tenra idade
Onde eu vivia apenas da verdade
Inocência dos dias que avançaram
Que ao corpo, massacraram.
A quem canta a diva?
Qual a cor dos assentos do São Carlos?
Já não recordo a ópera de vida,
Em correria perdida!
A Loucura dos Trinta
A ternura dos Quarenta
A Vivência dos cinquenta
A decadência dos oitenta.
Quantos mais me restam?
Foto de :http://olhares.com/VanZen7
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