sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Como um corpo suspenso em cordas de linho



Ténue saudade de mim
Em corpo sentido
No vazar dos dias secantes
Em Vicio Perdido!


Como um corpo suspenso em cordas de linho,
Como o fino tecer de ramos de um ninho
Ar de abrigo e imenso sentido
A procura de uma fortaleza que a dor destruiu


Fulminante, em teia bem construida
regelo na passagem dos dias frios
Divagações de dias de Sol
Alma em gelo metida


Por quem passam os dias?
A quem cantam as cotovias?
Quem matou o verde dos campos?
Quem roubou ao Alentejo, os Montes Amplos?


Saudade daquela tenra idade
Onde eu vivia apenas da verdade
Inocência dos dias que avançaram
Que ao corpo, massacraram.


A quem canta a diva?
Qual a cor dos assentos do São Carlos?
Já não recordo a ópera de vida,
Em correria perdida!


A Loucura dos Trinta
A ternura dos Quarenta
A Vivência dos cinquenta
A decadência dos oitenta.


Quantos mais me restam?


Foto de :http://olhares.com/VanZen7

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