Trazia-te nos braços,
aconchegada,
ó lindissima criatura,
abençoada e mal falada
confortava-te com silabas
Proibidas e impeditivas
Colhi-te na Europa naufragada
Antes dos tempos de sorte dada
Protegi-te num abraço sentido
Sabia que teu Futuro estava perdido.
Mal te vestes ó pobre coitada!
Fiz de ti, o meu momento
fiz de nós o meu tormento
para no futuro ter assento
no Claustro Monumento.
Alimentei-te de migalhas
em esforços delas tiradas
pintei-te aguarelas
de outras palavras dadas.
Avança o tempo e tu cresces
na minha boca singela,
outras tuas filhas, surgiam
na minha boca pronunciadas
Palavras e palavras do meu Ser
semeadas e habilmente lavradas
para um dia no livro nascer
a vertente de mim.
Castelo imaginário de tenso vigário
na oratória , o meu rosário
na pequenez de meu diario
O nosso longo calvário.
http://www.worldartfriends.com/pt/club/poesia/fina-palavra
http://olhares.aeiou.pt/hoje_canto_ao_dia_da_tristeza_foto736495.html
Sem comentários:
Enviar um comentário