sexta-feira, 11 de março de 2011

Fina Palavra



Trazia-te nos braços,
aconchegada,
ó lindissima criatura,
abençoada e mal falada
confortava-te com silabas
Proibidas e impeditivas

Colhi-te na Europa naufragada
Antes dos tempos de sorte dada
Protegi-te num abraço sentido
Sabia que teu Futuro estava perdido.
Mal te vestes ó pobre coitada!

Fiz de ti, o meu momento
fiz de nós o meu tormento
para no futuro ter assento
no Claustro Monumento.

Alimentei-te de migalhas
em esforços delas tiradas
pintei-te aguarelas
de outras palavras dadas.

Avança o tempo e tu cresces
na minha boca singela,
outras tuas filhas, surgiam
na minha boca pronunciadas

Palavras e palavras do meu Ser
semeadas e habilmente lavradas
para um dia no livro nascer
a vertente de mim.

Castelo imaginário de tenso vigário
na oratória , o meu rosário
na pequenez de meu diario
O nosso longo calvário.


http://www.worldartfriends.com/pt/club/poesia/fina-palavra
http://olhares.aeiou.pt/hoje_canto_ao_dia_da_tristeza_foto736495.html

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