domingo, 24 de abril de 2011

Diablo Capitulo 5 (parte 2)




Planeta Rahzva - Imoraland - Algures na Fronteira Celestial
34560 Anos Celestiais


Indiferente ao que se passava no Planeta Terra Zequiel, o rei do Reino Sagrado tinha os seus próprios problemas. O reino negro, de acordo com o previsto alinhara o seu exército de infantaria, junto ás já recuadas linhas de defesa do Reino Sagrado, e com o pavôr de ver os seus inimigos ás portas do Reino, o rei tentava as ultimas diligências defensivas, assegurando a capacidade do seu exército de aguentar a ofensiva:
-Esperaremos ataques aéreos? - Questionava o sargento do 13 batalhão de infantaria.
-Claro. Os alados devem atacar após a infantaria se colocar. Esperem tambem os bombardeamentos da artilharia!
Zequiel assumia o seu posto de capacete metálico bem justo junto ao queixo e espada encimada acima dos ombros.
-Não me parece que o Reino Negro tenha aume tado o seu contingente. De algum modo Sarah está a conseguir retardar o envio de reforços pelo principe negro.- Zahavi cruzava os dedos em sinal de esperança.
-Não tenho muitas certezas. Homens, continuaremos como até aqui. O inimigo ganha posição e no entanto nós sabemos que eles estão cansados. Nada temam, hoje a vitória será nossa!
Apesar de optimista, o teor do discurso não surtia efeito nas faces apreensivas do 13 batalha~, que horas antes havia sofrido penosas baixas.
-Meu rei, sabeis que lutaremos até á morte por vós, mas não creio que o inimigo esteja tão cansado como dizeis!
Zequiel olhou por uns segundos para os eu jovem tenente, e tentando ignorar a apreensão estampada nos olhos azuis, encolheu os ombros e questionou:
-Onde está a tua fé, homem Sagrado? Hoje, seremos vitoriosos, até porque eu estou aqui, convosco e jamais o Sagrado permitirá a minha queda em batalha!
-Perdão meu rei, são os nervos!
-É como lhes digo, os nossos arqueiros estão a postos, as nossas defesas são fortes e recordai-vos que jamais perdi uma batalha.
Curiosamente essa era a mais valia de Zequiel. O seu saber estratégico, o seu profundo conhecimento sobre o modo como o inimigo atacava ou defendia, colocavam-no sempre numa posição estratégica e subia rapidamente a moral das suas tropas.
Com efeito desde a batalha de Erssegurd, um povoado na fronteira do Reino, que o desempenho de Ezequiel ficara bem demonstrado. Com poucos homens de infantaria, conseguira ludibriar a pesada artilharia inimiga, conseguira prever o ataque alado e após derrotar a franja aérea, carregou sobre o invasor, com tal fúria que jamais alguem diria que estavam em desvantagem numérica. A vitória tinha-lhe permitido não só segurar as fronteiras do reino, bem como colher a admiração nos seus oficiais e no seu pai, que viu nele o herdeiro meritório para o reino sagrado,
Mas hoje, dez anos depois dessa batalha, Erssegurd já não existia, tendo sido tomada e arrasada pelo reino negro há duas semanas e subitamente o exército negro avançara destemido em direcção á ultima fronteira.
Exactamente esta fronteira que Zequiel se esforçava para defender, não resistindo a tremer quando os primeiros sons de bombardeamento ecoaram nos céus cinzentos. Segundos depois, os primeiros obuses caíam estratégicamente sob o seu exército:
-Ignorem estes ataques e mantenham os vossos postos. Os alados surgirão de seguida!
Como resposta ao apelo do rei, os arqueiros aproximaram-se das torres centrais e indiferentes á quase perfeita precisão dos bombardeamentos aguardaram.
Em minutos um batalhão de guerreiros alados surgiram rasgando os céus e sorrindo, Zequiel comentou para si mesmo: Previsíveis estes bastardos!
Como habitualmente os alados dispunham de armas rudimentares, fáceis de transportar nos céus e de pouco peso, pelo que a mossa que os tridentes faziam ao serem arremessados contra as armaduras dos soldados do reino sagrado eram insignificantes.
Ao invés porém, as flechas de ponta acrílica dos arqueiros era bastante eficazes, quando acertavam pontos vitais do corpo dos alados:
-Apontem para os sovacos. Paontem para os braços, recordai-vos que são o leme de voo desses bastardos! - Ordenava Zequiel num tom entusiasmado.
Sem grande novidade, os primeiros alados começavam a cair sobre as paredes de argila da ultima fortaleza.
Vendo que o seu ataque não estava a ser eficaz, Grunnnar, substituto do principe negro que havia sido exilado para o Planeta Terra, ordenou que fosse dada a ordem para os alados retirarem.
Zequiel, no cimo da paliçada apurava os ouvidos para tentar interceptar o toque de retirada do inimigo, quando subitamente e num acesso de loucura Grunnar ordenou que ao invés dos alados tentarem causar baixas, atingindo os arqueiros, que procedessem a voo rasante sob o exército inimigo, tentanto atacar as mais altas patentes em comando.
No seu posto de comando, Zequiel viu subitamente o pelotão de anjos alados, mudarem de direcção e procederem a voos picados sobre a sua infantaria. Ele jamais poderia esperar tal manobra e a verdade é que esse voo rasado, não só colocava os alados inimigos fora do alcance visual dos seus arqueiros, bem como a sua infantaria não dispunha de meios capazes de se defenderem de um ataque directo.
Perplexo com a subita aletração do esquema normal de ataque, o rei do reino sagrado manteve contudo o sangue frio que o caaracterizava e apesar de relutante, apresentou uma das suas cartadas secretas. Virando-se para Zahavi, oedenou:
-Que Tirgh assuma o seu posto, que o anjo luz surja agora.
-Mas, senhor, o anjo luz é um alado, eles são mais de 30?
-Tirgh irmão de Sarah, detem o mes mo temperamento. Cumpre as tuas ordens Zahavi, eu sei o que faço!
Sem perder tempo, o seu auxiliar tocou a corneta e em segundos, saindo do seu esconderijo temporário, o corpulento anjo.Luz respondeu á chamada , disparando prontamente raios de luz sobre os primeiros alados que voavam em voo picado sobre o batalhão.
Como se fosse um bailarino numa mcoreografia improvisada, Tirgh rasgou o espaço aéreo entre o batalhão e os alados inimigos esquivando-se com perícia dos tridentes inimigos e concentrando-se apenas na força das suas rajadas.
Desnorteados pela aparição do reforço imprevisto, os alados perderam a sua formação atacante e descurando a sua atenção, tornavam-se igualmente prêsas fáceis ás espadas do batalhão.
Desorientados, tentavam fugir para o lado que mais lhes convinha, a uma velocidade estonteante de 90 kms hora, alguns não tinham tempo para se desviarem dos obstáculos ou corrigir manobras de improviso estatelando-se contra os muros da fortaleza.
De binóculos em riste, Grunnar prageujou fortemente e ordenou a retirada, embora tal atitude de nada servisse aos sobreviventes que preocupados que estavam em fugir eram alvos fáceis para o anjo luz.
Motivados pela súbita vitória o 13 batalhão dirigiu-se para o portão central da fortaleza decididos a carregar sobre o inimigo, quan do Zequiel ocupando novamente o seu posto, ripostou:
-Que fazeis? Acabais de sobreviver a um ataque alado e já quereis antecipar a vossa morte? Aguardai pelo vanço das forças inimigas. As paredes nos protegerão!
Contudo, apesar das boas intenções de Zequiel, o reino inimigo, vendo-se sem soluções optou por bombardear as muralhas da fortaleza. Era a segunda vez que o rei do reino sagrado era apanhado de surpresa e ao primeiro impacto, uma amálgama de corpos e argila sobrevoavam por alguns metros o interior do pequeno espaço.
Como temendo vêr o que mais receava, Zahavi espreitou pela paliçada e a cor branca de morte tomou a sua face ao ver a horde negra, da infantaria inimiga avançar obstinadamente em direcção a eles. O reino sagrado podia até deter uma posição defensiva previligiada, mas sem a protecção das paredes e com os corpos e detritos de argila pelo chão, ele não via como combater eficientemente o inimigo:
-Senhor, temos de avançar até ao exterior. Aqui dentro seremos prêsas fáceis.
-Tendes razão, meu fiel subdito. Homens, ao ataque!
Como formigas guerreiras na defesa do formigueiro diante do invasôr, o que restava do 13 batalhão precipitou-se para o exterior, aproveitando a cobertura aérea dada pelo anjo luz.
Contudo e tal como os alados, a infantaria tinha ordens precisas para carregar sobre a infantaria do inimigo sagrado, favorecendo a plena visão para três arqueiros do reino negro tentarem visar a pessoa de Zequiel.
A estratégia era facil e primitiva e permitia apenas a queda de Zequiel em combate, esperando o general inimigo que tal providenciasse a rendição do 13 batalhão.
Ao invés, Zequiel aguardava que o principal alvo das linhas inimigas fosse o anjo luz e foi com surpresa que sentiu a carne do seu peito a rasgar com a entrada repentina de 2 flechas certeiras.
Caindo violentamente para o chão, impossibilitado de assumiro comando o contenda, Zequiel ficou contudo em lugar previligiado para observar a impiedosa carga do inimigo sob os seus homens. Alarmado pelo efeito que a queda de Zequiel pudesse ter nos seus homens e motivado por um alto nivel de coragem que até então desconhecia, Zahavi assumiu o comando:
-Primeira linha junta, não dêm espaços! Tirgh ataca como puderes....Homens defendam!
Como autómatos, os soldados iam obdedecendo ás ordens, crentes que era Zequiel qem ordenava a Zahavi.
-Zahavi...Os guerreiros.....Manda agora!
-Sim meu rei!
De acordo com o plano previamente definido, não era só Tigh quem aguardava a ordem de chamada. Igualmente escondidos e prontos para enttrar em acção, a cerca de dez metros da fortaleza, escondidos nas árvores adjacentes, Mutur e o seu exército dos melhores guerreiros aguardavam o sinal esperado.
Cumprindo o combinado, Zahavi agitou a bandeira em duas voltas circulares e de pronto, do lado direito surgiu o reforço, carregando sobre as hostes inimigas.
Contudo, apesar de cumprir o plano á risca, tal agitação de bandeira serviu igualmente para chamar a atenção dos arqueiros inimigos, que perce´bendo que haviam errado o alvo, dispararam agora sobre Zahavi , acertando no braço direito do anjo.
Ninguem do reino sagrado se apercebeu que para alem do seu rei, igualmente Zahavi havia caido e não só motivados pelo reforço subito bem como pelas numerosas baixas inimigas, carregavam combtoda a furia sobre o inimigo.
Por mais vontade que o general do reino negro tivesse em ganhar a contenda, viu-se apanhado de surpresa pela presença dos reforços e sem se dar ao trabalho de ordenar a retirada, saltou para o seu cavalo e abandonou o cnário de guerra, seguido pelo seu séquito que assistira á sua primeira derrota enquanto general.
Ao ver o seu general fugir, a horde do reino negro desistiu da contenda., optando por desertar rapidamente, deixando Zequiel com um sorriso mesclado de prazer e dor.
Temporáriamente o reino negro havia sido derrotado, mas até quando poderia o reino subsistir? Na modesta opinião de Zequiel tudo dependeria de Sarah!







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