quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O delírio de ser o que escrevo!

Bem podem gritar
bem podem ameaçar
sorrir ao olhar
sussurros, desdenhar.

Sou realmente o que escrevo
e do pouco mais nada mereço
Velhos do Restelo?
Postais sem selo?

Julgam que arranco meu cabelo?

Acham que me dou à infelicidade
só porque debitam comentários
como..." ès uma atrocidade!"

Senhores, louca é a via do ódio
a difamação pura e crua
em mim não tem senão, coice de mula
Não escrevo arte, muito menos lixo.

Se bem que até para isso é preciso arte

sou pouco preciso?
Sou pouco conciso?
Coitadinho de mim, sem ciso!

Escrevo, escrevo e escrevo
Que doutro mal não padeço
Grito, exorciso,viajo
e melhor sorte não vislumbro.

Pés, seios, sexo, imoralidade
castas ninfas, adulteras, castidade
Só falo do que vejo, só escrevo o que sinto
Tudo o resto é falsa moralidade.

Bem vindo quem vier por bem!

2 comentários:

  1. Fiel descrição dele mesmo, goste quem gostar, ele é assim, e espero que nunca venha a mudar.
    Tem uma criatividade sem fim.
    Se escreve é porque tem necessidade de o fazer, não o faz para agradar, e é assim que tem que ser.

    SSP

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  2. Caramba és brutal!
    Que imenso grito tu dás, tu que sempre recusas-te o pedestral,tu que és das pessoas que melhor conheço a que escreve porque realmente adora escrever,tu que divagas nos teus escritos e nos levas juntos,com a naturalidade e simplicidade de quem apenas tem algo a escrever.
    Nunca mudes,nunca pares,cativa-nos sempre.
    É essa a tua imensa arte,a nossa alegria e eu sou completamente viciada nos teus contos.
    Talvez tenha sido um grito de guerra,talvez tenha sido uns décineis acima,mas tu és isto e aqui no meu canto,adoro esta forma de te ler.
    Bá lá,bota cá pra fora essa magia,que eu não arredo pé.
    Brutal gajo!

    (anita)

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