sexta-feira, 19 de abril de 2013

Teu Prisioneiro




TEU PRISIONEIRO

Caviar e cereja, em prato dilacerado
Combinação de imenso pecado
No gosto da jovem Ninfa encimado
E depois, nada terá sobrado!

Ah doce trigueira, de alfinetada dita
Ah suave jovem de alma bendita
Sorriso de cascavel, caracóis de fogo
No teu colo, despido sem engodo

Glória, Glória Adeus nas alturas
Cruz das minhas diabruras,
Em tardes de prazer rubras
As horas perdidas. Sepulturas!

Perecer assim aqui, prostrado
Como falso Judas condenado.
Converter-me à tua religião
Dedicar-me a ti em procissão.

Para quem são as velas da noite
Senão para minha alma forte.
Que no teu colo, sendo tu meu Norte
Nesse altar improvisado, sou forte.


Mártir da minha causa perdida
Inglório processo de cativeiro
A tua boca na minha metida
Assim desvaneço...Teu prisioneiro.

2 comentários:

  1. Que queres que te diga?
    Boa sorte para este novo projecto "Reversos da Alma" e que tenhas um muito sucesso e continua a escrever como escreves e como só tu sabes :).

    Eu estarei sempre aqui pronta a ler os teu poemas e a comentar.

    bjos

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  2. Saudades eu já tinha da tua sempre fulgurante e característica rima
    Forma em que formas harmonias
    e nas harmonias histórias

    Abraço amigo

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