quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Esquizofrénico - Capitulo 2


O dia amanhecera coberto por um ténue neblina matinal, quando em passos rápidos ele dirigiu-se ao seu poiso habitual nesses ultimos dias.
De pasta de couro já gasta na mão, de gravata azul, num eternamente amarrotado fato barato, entrou rápidamente no estabelecimento e sentando-se na mesa d costume , apressou-se a tirar o spray e a limpar a mesa.
Todos os dias tinha sido sempre o mesmo ritual e cada vez mais , Rita a empregada do café se sentia atraída pelo jovem.
Não era propriamente uma atracção fisica ou de tentativa de relacionamento, antes uma curiosidade acentuada naquele sujeito tão peculiar.
Na verdade, passara a noite a pensar nele e desejosa de o surpreender, havia descortinado um modo de o enervar. Teria contudo de o fazer no momento em que a patroa não estivesse presente, pois não sabia como ele ia reagir e a patroa estava louca para o colocar a andar.
Depois de pacientemente ter limpo o tampo da mesa, dispôs os três lapis por tamanho, depois de os afiar meticulosamente e porim, pegou na borracha verde e abrindo o caderno começou a escrever:
-Bom dia, que vai desejar tomar hoje?
-Nada. Estou bem.
-Esqueceu o consumo obrigatório?
-Sim, é verdaded. Quero então um café.
-Muito bem, sorriu a jovem.
Furioso por ter sido interrompido o jovem, que fechara apressadamente o caderno, ante a aproximação da jovem. o jovem retirou a chávena que cuidosamente limpara e desinfetara a noite anterior e aguardou o café.
Era absolutamente curioso como ele se concentrava na escrita. No fundo, pensava a jovem atrás do balcão, todos os artistas são um pouco estranhos e ele talvez fosse um artista.
A manhã ia escorrendo quase sem clientes no estabelecimento e ela aguardava ansiosamentge a opurtunidade de poder tirá-lo do sério.
Foi só ao fim de duas horas, que ele fechou o caderno, arrumando-o junto com os lápis, a borracha e a afia na mala. De seguida, como sempre fazia, esticou as pernas e espreguiçou-se perfeitamente indiferente a quem o olhava.
Plácidamente diridiu-se ao balcão e com toda a minucia, retirou do bolso interior uma capa plastificada com sesseenta centimos certos, que pousou cuidadosamente no balcão, evitando tocá-lo com os dedos:
-Aqui está o pagamento do café!
-Oh, lamento não o ter informado, mas o preço subiu.
-Subiu? - Perguntou o jovem alarmado.
-Sim. Desde ontem. São sessenta e três centimos.
O jovem estacou alarmado. Tivera o cuidadco de limpar e desinfectar as moedas e não havia trazido mais moedas. Certamente que tinha uma nota cuidadosamente guardada e plasticada na pasta, mas a ideia de receber moedas de troco sujas, cheias de Germes e vermes e doenças o assustava verdadeiramente:
-Não. Mas então eu sempre pago isso e ...Oh meu Deus e agora...
-Lamento, são ordens da gerência.
-mas então? Eu trouxe cinco euros para reservar a mesa e agora isto..
-Cinco euros?
-Pois, ontem perguntou-me se eu tinha reservado a mesa e agora ia reservá-la para a tarde.
A jovem riu e não aguentou, perante o ar de veradeiramente assustado:
-Sabe que mais, por eu gostar de si, você sempre pagará sessenta centimos certos. Mas a mesa não a posso reservar.
-Mas então, disse-me que podia.
-Pois. Mas não pode, lamento!
-Mas eu limpei a mesa!
-Eu vi e não era preciso. Sabia que nós aqui tambem gostamos...
O jovem deitou-lhe um ar furioso e retorquiu:
-Vocês nada. Vocês são como os outros. Portadores de Germes e Vermes e doenças. Vamos morrer todos.
O jovem gritava irado, perante a perplexidade da jovem, que temendo que a chefe voltasse optou por não responder, vendo-o a afastar-se, praguejando, porta fora.
Mas que grande postal, pensou a jovem.

-------------Fim Parte 1

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