quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Esquizofrénico - Capitulo 5 - parte 3




Depois de ter dado participação, via telemóvel, á policia, Ana entreteve-se a vasculhar as algibeiras dos invasores do seu apartamento e num esgar de terror, encontrou dois distintivos da policia.
Com a respiração ofegante e sem saber o ke pensar, apercebendo-se igualmente que os dois continuavam inanimados, concluiu que fizera asneira e sem pensar, correu ao quarto, vestiu umas Jeans á pressa e a primeira Tee shirt, correu para fora do apartamento, sem largar o telemóvel do invasor que enfrentou.
Nesse exacto momento, uma viatura da policia parava abruptamente diante do edificio, pelo que aterrorizada, ela optou por subir mais um piso, abrindo a janela e usando a saida de emergência.
Teria que ser rápida e discreta, antes que um policia resolvesse assegurar a saida das traseiras.
Assim que alcançou as traseiras do edificio, respirou fundo e colocando discretamente o telemóvel no bolso, apressou-se a abandonar o local.
Assim que se sentiu em segurança, pegou no aparelho, consultou as chamadas efectuadas e ligou para o mesmo numero que o invasor marcara:
-Sim, que há? - Uma voz rfouca do outro lado da linha.
-Chefe?
-Quem fala?
-A gaja que queria lixar!
-Como?
-Acha mesmo que dois gorilas chegavam para mim?
-Filha da Puta.
-A tua avó! Ouve bem, não sei o que se passa, mas tens de ser mais esperto que isto.
-Ana,não é? Para teu bem, sugiro que vás até ao teu café e entres na carrinha preta, parada á porta.
-Chefe, não é? Para teu bem, espero que nada suceda ao meu café!
-Não é altura de te armares em Heroina.
-Não é altura de te armares no mau da fita. Eu vou descobrir quem és e o que queres de mim e vais pagar por isto, calhordas!
Um riso seco estalou no outro lado da linha. Com asco ela desligou a chamada, sacudiu o frio dos braços e meditou, se seria sensato ir a casa de Rita.


Assim que a chamada caiu, o sujeito vestido de negro deu um murro na pequena mesa e respirou fundo. Depois encarou com calma os presentes na pequena sala e resumiu:
-Acabo de ser informado que perdemos as duas raparigas!
-As duas?
-Correcto.
-Mas o Arnaldo não ligou antes a dizer...
-Essa besta deixou-a fugir. Não sei que se passou... Noticias da miuda?
-Nada, chefe. Ela escapou do acidente e desapareceu.
-Desapareceu? Uma miuda que desaparece do nada. Uma gaja que escapa a dois dos meus homens, depois de eles me terem ligado a dizer que tudo estava bem.
Um jovem loiro, sentado na extremidade da mesa, interrompeu:
-Eu tenho uma teoria sobre a jovem!
-Ah sim?
-Acredito que ela foi apanhada pelos bófias.
-Pela policia?
-Não. Pelos verdadeiros bófias.
-Se isso acontecesse, significa que não eramos os unicos a saber o paradeiro do Mauro.
-Pode ser!
-Por falar no Mauro?
-Nada, chefe. Vasculhamos o quarto e nada. - Respondeu um sujeito alto e negro.
-Merda, isto está a complicar-se.
O sujeito negro ia proferir um aparte, quando um homem esquivo surge, abrindo a porta envidraçada:
-Chefe, a rapariga está de volta.
-Como?
-Os nossos espiões relatam que ela chegou a casa.
-Sozinha?
-Afirmativo.
-Como ela regressou?
-A pé!
-Curioso.
Num acto pensativo, o sujeito calvo a quem chamavam de chefe, sentou-se na pequena cadeira giratória de napa castanha.


Diante da porta castanha, os três ocupantes do Jeep saltaram para o exterior e apressaram-se a correr na direcção da Rita, que dormitava , mal sentada, encostada á porta:
-Rita, minha filha estás bem?
-Pai?
-Oh amiga, que bom ver-te!
-Carina...Mauro? Que fazem aqui a esta hora?
-Estavamos preocupados contigo. Que te sucedeu?
-Comigo? Nada porquê?
-Nada? - Inquiriu Carina nervosamente.
-Nada! - respondeu a jovem sonolentamente.
-Rita, foste raptada!
A jovem encarou o Mauro e após uns segundos riu desalmadamente:
-Raptada? Por quem?
-Bem a policia...
-Ah?
-Rita, a sério que estás bem? - Indagou a amiga.
-Carina, tou optima. Eu acho que me esqueci das chaves e como não estava ninguem em casa, esperei. Mas o que fazem vocês no Jeep a esta hora?
Atónita, Carina olhou para os presentes e sem conseguir suster a admiração exclamou:
-Mas a miuda tá parva! Meu Deus, amiga que te fizeram?
-Quem?
-Oh meu deus! - Exclamou o progenitor preocupado.
Mauro por seu lado, encolheu os ombros e aproveitando a confusão, abandonou o local lentamente , acenando negativamente a cabeça:
-Eles apanharam-na...Eu vi as marcas!
A poucos passos dali, nas escadas de pedra, Carina reparava numas pequenas marcas vermelhas na testa de Rita.
Sem perder tempo, aconselhou a entrarem em casa:
-Onde está o doido?
-Pelos vistos pirou-se.
-Estranho.
-Esta noite, Carina, vai ficar na história.
Disfarçadamente a jovem olhou para o outro lado da rua e apercebeu-se de uma carrinha preta com os vidros semi-abertos:
-Oh se vai. Oh se vai!


...........Fim parte 2

Sem comentários:

Enviar um comentário