quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Naquela cabana, em terreno deserto


Naquela cabana em terreno deserto
Passava um frio e singelo ribeiro
Nas águas correntes e frias lavei
Meus olhos fechados no rosto varrido

Nem um sorriso, um choro aberto
Rogando a Deus para te ter por perto
Beijos roubados, que pura ilusão!
Corpos sedentos, por devoção...

Em finos fios de vida Silvestre,
Inalo, amor todo este odor campestre
No céu, um manto cobre taciturno
Em nós, o nosso divagar nocturno

No brilho da lua meu corpo revela
Coração e razão de nossos temores
Crisálida tocada em hora marcada 
Cobrindo em nós, laços de amores.

Sem tempo, minutos ou horas contadas
Nem receios, presentes em tais devaneios
Em mim, amor, tu sempre demoras
Na suavidade de meus em teus beijos

Amores-perfeitos de águas correntes
Caídos em mágicas palmas de sonhos 
Felicidade completa em corpos quentes
Sonhos perpetuados, olhares demorados


És malva, és flor, és doce jasmim
Amendoeira brava que cobre de flor
O meu voo livre certeiro a Condor
Que paira toda a liberdade em mim

Amanheço em teu abraço
Logo a realidade, nos chama
Espreitando o sol por teu regaço
Acordo de felicidade tamanha! 

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Dueto Carla Bordalo e Mefistus
http://www.worldartfriends.com/modules/publisher/article.php?storyid=21563


2 comentários:

  1. Um Dueto inesquecivel, em que o talento bruto de Carla Bordalo, enriqueceu e adornou algumas linhas minhas, num contexto Lirico e suave.
    Para mim, um dos meus favoritos, pela subtileza e magia de sensações, que tal proporciona.
    O meu obrigado!

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  2. Que lindo poema aqui nos trouxe, cheio de magia e sedução.
    Parabéns aos autores.

    Beijinhos

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