"Nada existe de grandioso sem Paixão." - Hegel
Como uma doença subita, num gesto irrefletido, ela pensou nele.
Não de uma forma saudosa, ou respeitosa.
Pensou nele, enquanto garante do prazer que os olhos, a boca e sobretudo o sorriso, provocavam nela.
Sentia-se assim, indefesa a um perfeito estranho, sem brilho ou resistência que a permitisse afastar-se.
Ela ia sendo levada, nas asas do Desejo, na ânsia de saber mais, de querer mais.
E ele não devolvia o olhar, não percebia, não queria?...Tão perto e tão longe...Tão proximo e tão fugaz.
Quem era ele, que num simples olhar transformava o seu corpo em gelatina, o seu coração em ritmo louco e a levava a um estado irracional puro.
Quem era ele, que a havia derrotado, subjugado sem o saber, e porventura sem o querer.
Sempre as pernas trementes, quando estava na presença dele, os suores frios, o medo de não agradar..
E ele tão seguro de si, tão indiferente, tão...ausente.
Ah....
Este odio de amar e não ser amada
este trauma de querer e não ter
Este não vivêr sem o ver
Esta ânsia de arrasar
O medo constante de o Perder!
Foto: Nuno Faria
Vim dar aqui a conselho da minha amiga Clarisse, e estou a adorar a sua forma levemente maliciosa de escrever.
ResponderEliminarVou ficar por aqui.
beijinhos
O meu grande obrigado, Fê-blue bird.
ResponderEliminarSinta-se em casa!
Se gosta de contos, posso aconselhar a leitura de a Vã Glória de te Amar!
Grato pelo comentário!
E retorce-me o corpo, estas vísceras que me envolvem para poder exercer o amor
ResponderEliminare aquece-me o corpo
Esta floresta em chama
negro céu em flama
sufocante e louco amor.
E derreto-me eu pequena usina de carbono
e derreto-me eu perdida no teu olhar "cão-sem-dono"
E viro cinzas na indiferença de tua mão.
e Viro cinzas, cinzas de meu fogo, que consumiu,
escuridão...
E derrete-me o corpo, sou sombra em luz, dissolução...
E a paixão no consumo de um translucido acto, e o formigueiro num nobre devaneio de um desfalecimento da razão, que o coração, apenas ele entende.
ResponderEliminarA grandiosidade da paixão num comentário poema, lindissimo, arrebatador e encantador.
Muito bom em te ter por aqui, preciosa Lyra!
Mui grata pelo preciosa. Mas, se poder ser apenas uma Lira, já basta-me para fazer-me feliz.
ResponderEliminarBEIJO.