sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Poeira do Tempo




Aquarela da vida, de realidade ofuscada.
Pintura derramada num ritmo incerto.
Marcada é certo, pela rotina
Que o relógio não parou


Por vezes assim somos nós, perdidos na imensidão de a realidade que obtemos todos os dias, assim que saimos porta fora. E na verdade não a vemos.
Não a vemos, não a cheiramos, não a saboreamos.
Ao som do relógio e da Rotina, seguimos dia apos dia, quase não raciocinamos, quase não pensamos.
Apenas agimos, porque...agimos. Assim é esperado que o façamos. Não encontramos o botão de Pause nesse ritmo louco em selva de Betão


Somos o que alguem espera que sejamos, mas não o que realmente pretendemos, e lentamente, demoradamente, dolorosamente a vida se vai, escorre, tomba. Ficam as flores e o sol, e o aroma da relva cortada depois das chuvas de Janeiro... Mas alguem um dia se recordou de parar e cheirar. Fica tudo isso, que aproveitamos em criança e esquecemos em adulto...


Poeira do Corpo que o tempo Matou!

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