terça-feira, 31 de maio de 2011

Infidelius - Capitulo 6 (parte 1)




"Mas no fim, fica a obra singular de nós proprios...
Aquela que nunca se repete, numa tela sem copia...
Num cavalete onde nunca mais nascerá outra igual..." - Inês Dunas: Óleo sobre tela, pastel sobre papel...
http://librisscriptaest.blogspot.com/2011/01/oleo-sobre-tela-pastel-sobre-papel.html


O amor é como Cristo redentôr, de longos braços abertos, acolhendo sob a sua vista, casas, pessoas, rostos tristes, faces luzidias, animais, e acima de tudo o Sol. O amor pode colher igualmente sob mil formas, centenas de coisas e pessoas, mas infelizmente só se concentra em um de cada vez.
O grande problema de Nicolas é que ele se dividia entre duas metades. Metades que completam o todo do seu Ser. Metades que são do mesmo sangue, da mesma casa, da mesma família.
Para ele, estar apaixonado é uma linda forma de espírito, mas o que ele desconhecia era a ténue linha entre paixão e obcessão.
Não achava no seu íntimo, que estivesse a proceder mal com Marisa e Marlene. Como podia ele estar a proceder de forma errada se à sua maneira amava as duas e as duas se completavam e irónicamente ambas lhe davam prazer.
Marlene dava-lhe a sensação de segurança, o amôr e a crença no que ele dizia ou fazia. Era exímia na cama e apaixonada na forma de amar. Marisa por seu turno, era o fruto proibido, apetitoso. Era a grande loucura que lhe matava a ansiedade.
Assim eram as duas partes da mesma equaçãoe e no fundo ele se considerava um homem de sorte.
Tudo isto podia ser verdade, mas o medo de perder Marisa, ou o medo de ela um dia abrir o jogo com alguem e inevitávelmente leva-lo a perdêr o que a custo amealhou, tornava-o prudente e obcessivo.
Enquanto meditava, galgou os três lanços de escadas e com um ar divertido,  entrou no seu gabinete e fechou cuidadosamente a porta. Adorava aquela hora da manhã, onde ninguém o iria interromper e onde podia calmamente tomar nota dos preparativos para esse dia.
Porque era Terça-Feira e neste dia Marisa não tinha aulas, restava a ele ligar o PC e esperar que ela ligasse o Toshiba portátil. Tinha sido uma oferta dele, uma das muitas, mas esta perfeitamente armadilhada, tal como telemóvel.
Devido aos seus conhecimentos em França , Nicolas tivera contacto com um programa simples que se descarrega no disco duro do computador que se pretende e deatravés de um outro IP consegue-se observar qualquer movimento que ela faça .Além de ter completo acesso aos emails dela, podia monitorizar tranquilamente as conversas do messenger e o melhor que tudo é que o mesmo programa pode ser instalado num telemóvel.
De qualquer modo era somente um pró-forma, pois desde que criara a diversão do vídeo escolar, o círculo de amigos de Marisa esvaziou-se lentamente e ele foi ganhando a sua confiança.
O seu telemóvel era um perfeito objecto de adorno e o computador, praticamente só era usado para as suas horríveis letras de musica e uma ou outra pesquisa.
Tinha-a 100% vigiada, não com medo que algo lhe pudesse acontecer, mas com receio que ela um dia resolvesse falar demais.
Todos temos segredos e o que nos diferencia dos restantes é a capacidade ou não de os conseguir esconder, e para Nicolas que sempre vivera nos limites da legalidade, saber guardar um segredo era vital.
A verdade é que na opinião dele, não podia se envergonhar dos seus segredos, pelo menos no que a Marisa disse-se respeito, pois sempre soubera impôr limites aos seus devaneios. Ela não seria conspurcada até aos seus dezoito anos.Era uma promessa que fizera a si mesmo, torná-la mulher aos dezoito.
 Sendo maior, livrava-se de qualquer sarilho com as autoridades e simultâneamente lhe daria o prazer de descobrir a pentração com um homem maduro, experiente.
Por enquanto limitava-se a pequenos jogos de prazer.Amava sentir o seu corpo firme, a firmeza dos seus seios a deslizar na concavidade das suas mãos, a tactear aqueles malditos boxers masculinos, a sentir na ponta dos dedos e da lingua a sua curta penugem,a abrir-lhe as pernas para que os seus toques fossem mais abrangentes.
Mas o que o cativava mais era o completo alheamento dela.Nunca chorara, nunca lhe dificultara qualquer movimento, nunca lhe recusara ualquer intento, apenas permanecia distante e totlmente submissa.
As unicas vezes que saía dessa letargia, era quando ele forçava a introdução de um segundo dedo, ou se finalizava sob o corpo dela. No resto mantinha-se como sempre, silenciosa e intuitiva.Marisa foi uma flôr que lhe deu trabalho a cultivar. Trabalho e paciência, pois assim que a viu deitada no sofá de calções e tee shirt, logo nos primeiros dias da sua estadia na casa, que lhe aguçou a vontade.Tinha quinze, era perfeita!
Com carta branca, dada de boa vontade pela ingénue Marlene, ele foi montando o círculo que culminou na entrega do portátil.
De olho no PC, enquanto o programa aguardava que ela ligasse o seu (o inconveniente do programa era que ela tinha de estar online),Nicolas afastou ligeiramente as pernas e recordou quando a sentou no seu colo, nesse fim de tarde, diante do monitor azul do Toshiba. Sob a desculpa que descarregava os programas necessários, ia passando a mão na perna dela, num contacto directo com a pele, enquanto ela se limitava a abanar delicadamente o pé, como pêndulo de nervosismo.
De súbito, questionou:
-Tem jogos?
-Ainda não. Que jogos queres?
-Sei lá....Os Sims?
-Gostas de jogos?
-Muito!
A mão dele passou sobre a baínha dos calções de ganga dela, e em segundos estavam sobe o seu sexo:
-Queres fazer um jogo comigo, enquanto esperamos que isto baixe? - disse, apontando para o monitor.
-Que jogo?
Hábilmente como aguardando essa pergunta,abriu um aplicativo no portátil e em milésimos de segundo, surgiu no monitor uma versão do jogo-do-galo:
-Conheces?
-Sim! - Disse ela sorridente.
-Aceitas uma partida? - Os seus dedos brincavam com o fecho dos calçõs de ganga.
-Sim, é fácil!
-Ai é?
-Muito. - ela parecia não se importar com a mão dele.
-Muito bem, se é tão fácil eu proponho um desafio?
-Desafio?
-Oui. O derrotado deve sofrêr um castigo.
Os olhos dela centravam-se no monitor, a sua ânsia de jogar eram enormes. Nicolas viu a mão dela apoderar-se do mouse do computador e a sorrir, nem notando que ele descia o seu fecho dos calções:
-Sim, aceito. - Disse sem pensar. Apesar da sua perícia e de ter obtido dois empates nas duas primeiras partidas a sua concentração foi baixando, própria da irreverência e ansiedade da sua idade, Já não imaginava a jogada seguinte dele, mas preocupava-se com a sua própria jogada. Por outro lado, Nicolas sentou-a melhor no seu colo, mantendo as pernas dele fechadas entre as sua abertas, implorava entre dentes por cada movimento que ela fazia para jogar. Cada vez que se chegava à frente para segurar o mouse, ele suspirava.
Por fim a vitória, a primeira de muitas:
-Perdes-te...
-Oh merda! E agora?
-Quero castigo!
-Que castigo?- ela olhava-o ingénuamente.
-Hum...como és boa jogadora, tem de ser um difícil...Tira os calções!
-Para quê?
-Porque é um castigo.
-Não percebo. - retorquiu olhando-o de lado.
-Não gostas de os tirar pois não? Tens vergonha, não tens?
-Sim ,tenho.
-Por isso é que é um castigo. - esclareceu ele calmamente.
Ela pareceu hesitar, mas por fim encolheu os ombros e principiou a abrir os calções. Ele segurou-lhe a mão:
-De frente para mim!
-Porquê?
-Quero ver se cumpres bem o castigo!
-Sim.
Para ela aquilo tinha a sua lógica, de modo que voltou-se, abriu o botão e tirou primeiro pela perna esquerda, depois pela direita exibindo umas calcinhas brancas com o desenho do Rato Mickey. Ele pareceu ignorar  fez um esforço para se mantêr natural, quando ela se voltou a sentar.
Não podia afirmar com toda a certeza se ela sentia o seu colo duro, um tronco deitado sob as suas nádegas,desejoso dos seus movimentos, mas a verdade é que ela demorava cada vez mais a voltar à sua correcta posição...
De súbito um alerta no PC do seu escritório,interrompeu as suas memórias e lhe dava a informação que ela entrara online no Messenger.Prontamente ele sorriu:
-Vais falar com uem Marisa?Pobrezinha...
Mas de repente um Smile estalou no monitôr:
-Bom dia amor!
Que porra vem a ser isto?
E atónito olhou o monitor:
-Bom dia Caio.
-Eu disse-te que ia te adicionar.
-Pois disses-te!
Nicolas bateu nervosamente com o punho cerrado na mêsa de trabalho e irado clicou em see IP Frendly...e aguardou:´
-Estive a pensar...
-Sim?
-Quero-te!
-Tolinho.
-È verdade.
Segundos depois surgia a identificação de IP, que Nicholas tomou nota num post-it.
Com que então queres brincar?
Em fúria, Nicolas clicou no botão Save e foi servir-se de um café.
Marisa era a obra da vida dele. Ele a tinha ensinado, tacteado, apalpado, beijado....Era dele e só dele .
Donde surgira este cromo?
Estava confuso, pois havia vigiado Marisa e nada previa o surgimento deste animal.
Irado bateu com a porta e foi-se servir da máquina de café no corredor.


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