Num bailado muito gracioso
eu de corpo sempre tenebroso
a ver-te gentilmente a levitar
numa gaciosidade de se olhar
De vestido branco folhado
pernas curtas e perfeitas
interpretavas o bailado
afugentavas o meu enfado
Como numa caixinha de musica
o som surgia da orquestra
e tu tão compenetrada
eras a grande chave mestra
Rodavas, pulavas e pousavas
com suprema graciosidade
e eu com sincera felicidade
aplaudia e tu nem olhavas
Não sei se foi pela valsa
ou pela queda de tua alsa
mas meus olhos, ó bailarina
Iluminaram-se até à retina!
E num coro de aplausos
e numa chuva de elogios
eu fiquei ali sentado
desistindo do teu cuidado!
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