Ondas do Mar salgado,
Aqui estático, parado
Te canto este meu fado
Esperando ser do teu agrado!
São lágrimas caídas,
em ti,já atiradas.
Nesse azul de marejar
solto, para ti o meu cantar
Anos e anos a naufragar
a vida só me trouxe azar
apesar de sempre tentar
sem Deus a quem rezar
Infortunio na adversidade
como gaivota no teu leito
num voo sempre perfeito
perdi-me nesta cidade
não sei se me ouves, ó mar
não sei a quem cantar este azar
que de tão mal tentar
a ti me desejo confessar
Este meu fado vadio,
como eu... vazio
como posso apelidar esta dor
se eu próprio, sou rancôr!
Brisa maritima, que agora me dás
na saliência desta grande rocha
faço do infortunio, minha tocha
não consigo deixar o passado atrás
Desculpa ó mar, se te mal canto
Desculpem ó ondas, este meu pranto
Quizera eu fazer-te este fado
sobre a loucura do meu passado.
Anos findos, que agora voltam
erros meus,em ti se revoltam
pesadelos teus, agora vejo
Anjos extintos, em forma de beijo
Lava a minha alma, ó mar
leva de mim a tentação
devolve-me a alegria salutar
faz agora a minha redenção!
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