quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Infidelius - Parte II - Capitulo 3 (1)



I'll take you home and make you like it
Everything you ever wanted
Everything you ever thought of
Is everything I'll do to you
I'll fuck you till your dick is blue

Liz Phair: Flower
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Os primeiros minutos dentro da viatura foram algo constrangedores para os dois ocupantes. De olhar sonhador pela janela da viatura, Marisa permanecia calada enquanto Nicolas mantinha alguma atenção no trajecto e com a mão direita tentava à pressa colocar o CD escolhido a tocar, com receio que por acidente o rádio sintonizasse o noticiário.
A verdade é que para ele, ela estava diferente, mais decidida e desinibida que o normal, como se definitivamente deixasse de ter receio da sua presença ou das suas intenções.Era no fundo como se ela decidisse abraçar qualquer consequência que pudesse surgir, sem hesitar ou declinar.
Custava-lhe manter a concentração na estrada, sabendo-a ao seu lado, num vestido impecável. Um vestido primaveril e folgado, como se ela voltasse a ter 14 aos de novo, com o mesmo género de vestido que ela usara na primeira vez em que ele a tocou.
Num suspiro quase inaudível, pensou se ela ainda se recordava desse primeiro momento, em que as suas mãos ousaram desaparecer sob o seu vestido, subindo numa cadência regular em direcção ao seu sexo.
Recordar-se-ia ela de como deitada no sofá, vendo uma série juvenil na TV, com a cabeça no seu colo, ele com toda a sua paciência começou a fazer-lhe festas no cabelo, com a mão esquerda. descendo para a face,sentindo as curvas do seu rosto, como se fosse invisual,depois sentindo o queixo, o pescoço e caindo. como que acidentalmente sob o seio esquerdo.Recordou-se com um sorriso da inércia dela ao seu toque, como que se no fundo ela esperasse o toque. Motivado pela apatia de Marisa, tornou-se mais audacioso, apertando o seio sob a camisa, sentindo o seio pela primeira vez. Simultaneamente a mão direita seguia caminho, invadindo o interior da saia. Já não perdia tempo com manobras evasivas, limitava-se apenas a explorar, àvido de desejo.
Sem pedir permissão, ou sequer hesitar, enfiou a mão esquerda pelo decote, encorajado por estar a sós com ela e tirou o seio para fora.tilintando com o dedo indicador o mamilo que se tornava surpreendentemente hirto.
Como se tivesse dons telepáticos, ela relembrava a mesma cena.Deitada no sofá, ocupada a ver uma porcaria qualquer na TV, com a cabeça pousada no colo de Nicolas. Como fôra tão parva!
Na altura sentia-se segura com ele. Nunca conseguira explicar porquê, mas a verdade é que o timbre da voz, a sua postura, a atenção que ele sempre lhe dava, cativavam-na. Recordava-se perfeitamente o dia em que ele se revelou. Contudo não era a primeira vez que ficavam sozinhos, nem a primeira vez que se deitava no colo dele, mas dessa vez algo acontecera, algo lhe dera coragem para agir.
Começou como sempre começa, numa festa aparentemente inocente,como que a embalá-la, como que a preparando e resultara. Já estava quase a adormecer sob as suas caricias, quando sentiu a mão dele dentro do decote, no seu seio! _Não percebeu o que era aquilo, ficou desconfortável, o seu corpo reagia mas ela não sabia o que lhe dizia. Sentia frio e calor simultaneamente. Sentia raiva e conforto, sentia....Não fazia ideia do que sentia, estava confusa, sem reacção, sem saber o que fazer, deixava-se ir, sob as mãos dele.Peitos á mostra, toda a sua concentração na TV, não via nada. não se apercebia de nada. deixava-se apenas tomar por ele.
Sob  sua cabeça. algo saía de dentro das calças dele, não raciocinou, obedeceu á voz que a ordenava, bijou-o devagar, com medo. Depois outra vez....a mão dele na sua cabeça, no seu cabelo, a boca aberta nele, passado...apenas passado!
Mas se era assim, porque ainda a excitava todas essas memórias?
Sorriu com prrazer e então olhou atentamente para ele, enquanto ele conduzia:
-Em que pensas?
-Em ti. - Confidenciou ele.
-Ah sim?
-Gosto de te vêr a usar vestidos.
Ela sorriu de esguelha:
-A sério que pensavas em mim?
-Agora?
-Sim.
-Claro, não se nota?
A velha Marisa ficaria calada, assustada, esperando um ataque. A nova ataca primeiro. Rodou sobre o lugar e levou obstinadamente a mão às calças, sentindo-o:
-Hum, estavas mesmo a pensar em mim!
Colhido de surpresa, não teve como esconder o volume do seu membro, agora preso sob a mão dela, que o caçara como uma águia caça uma cobra.
Sorrindo entusiasticamente, soltou o cinto, debruçando-se sobre ele, que se pronticava a estacionar na berma:
-Se paras o carro, eu arranco-to à dentada. - Avisou ela abrindo o fecho e soltando o membro.
-Porra!
-Chiu, sei que gostas!
Durante vinte minutos usou a boca  numa abertura das hostilidades, nunca perdendo a voz de comando, nunca acatando um pedido, só retomando ao seu lugar depois de finalizar a  contenda.
Nicolas, perfeitamente baralhado, olhou-a de soslaio:
-Eu avisei-te, hoje és o meu gajo.. Sou tua e tu és meu! 
-Mas que decisão é essa?
-São os meus anos!
-Então vais gostar do dia que te preparei!
-Conta-me...
-Será preciso coragem da tua parte!
-Alinho de olhos fechados.
-Trés bien. Foste tu que pedis-te.
Com um sorriso rasgado, deixou o aviso:
-Para já, proponho um pequeno almoço diferente, na Vieneza...
-Nunca ouvi falar.
-Eu sei!
Com satisfação, Nicolas conduziu a viatura para dentro de uma herdade, com grandes portões de ferro abertos e uma pequena estrada, serpenteando por entre arvores de fruto, até alcançarem a entrada principal de uma casa sec XV.
Prontamente um homem de alguma idade de smoking, veio abrir a porta do carro a Marisa, aguardanso que ela saísse, dando-lhe a mão:
-Bom dia miss!
-Bom dia...- Respondeu ela atarantada.
Foram prontamente conduzidos até à sala de pequeno almoço, e como um perfeito cavalheiro Nicolas afastou a cadeira para ela se sentar. Contudo corrigiu-a:
-Pernas sempre juntas e ombros direitos, mademoiselle.
 Reagindo de pronto, endireitou-se e sorridente confidenciou:
-Pareço uma princesa num castelo de fadas!
-Mas querida, tu és uma princesa e aqui têm o melhor chá e croissants da cidade e do País!
-Oh Nicolas, eu adoro Croissants.
-Eu sei Mariza!
De olhar sonhador ela contemplou com um sorrido de criança a salaautera, os candeeiros de outros tempos e os rostos admirados dos presentes, pela diferença de idades.
De subito ela estava a amar!


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