quarta-feira, 5 de junho de 2013

Em Corpo de Dor




No meu corpo amargo
as memórias que trago
Ilustre sentir e viver
Para nesse tempo me perder.

Horas e minutos minuciosos
Ah,esses anos de ócio
neste vil negócio
Mestre do devaneio sem ciso.

Rimas, risos e palhaços
Frases, choros e abraços
Restos empiricos e molhados
de beijos nunca saboreados

Vertente que queima ardente
no teu forte ventre quente
brasa incandescente,divergente
no circo de nós e dessa gente.

Rimas na rima de um grito
palpitar de um coração maldito
Ó Musa da dor,eu ja havia dito
que este devaneio é puro mito.

Tudo é presente, neste Eu que sente
Tudo é agora dado, nada retirado.
A dor que o corpo não mente
A ironia da cura demente.

Assombra-me a quietude de nós
no silêncio etéreo de vós
braços díspares em corpo carente
provérbios insanos em lábio demente!

Atirai-me para o fundo da vida
Lá na incrível Musa sentida
Bálsamo de fervor...
Em corpo de Dor!

Para onde vamos, meu Amor?

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