Cospe comigo,
Na sopa da vida.
Ah, mata-me devagar,
Como quem acorda
De um sonho…Á deriva.
Morde comigo,
As imensas oportunidades
Vomitadas no dia-a-dia.
Ah, açoita-me devagar,
Por cada erro idiota…
Partilha comigo,
Os espólios de sangue
Das tuas angústias secretas,
Esvaìdas em ilusões incertas
De todas elas falhadas…As metas.
Come comigo,
Os incontáveis minutos defecados
De vontades mortas e outros pecados
Ah, pontapeia-me devagar
No centro fálico de tudo o que tive
De tudo o que viste…rostos fechados.
Corre comigo,
Na passadeira do tempo que ainda resta
Na asneira do momento que ainda se liberta.
Anda comigo e traz um amigo
Que a três é maior o castigo
Que o futuro é ambíguo.
Mas…Se não vieres
Se não me quiseres
Se não me pertenceres
Vomita-me numa gaveta qualquer…
Que o tempo me esquecerá no pó dos dias!
Sem comentários:
Enviar um comentário