segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Fumos


Já beata do teu cinzeiro não sou.
Fumo baço do teu passado
Enquanto a chama durou
Faço do meu presente teu fumo passado

Morro sufocado, nessa redoma fumarenta
Morro sacrficado, nas tuas mãos esmagado
Cinzeiro desta vida nojenta
Pedaço esquecido de mim, torturado

Em espiral de fumo, da tua boca saído
Pacote amarrotado, cigarro destruido
Já não sou quem fui fumado
Dos meus sonhos afastado.

Durei enquanto a chama consome meu ser
Batalhei enquanto sonhava pertencer
A esse vicio de boca
A essa rotina mouca

Fumo do meu ser...
Em névoa cinzenta de não te ter
Vida que me deixa irónico
Num futuro tónico.

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