sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Diablo - Estreia - Introdução

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Reino de Morbius, no lado negro do Planeta Rahzva o supremo Tribunal Insano reunia-se de forma extraordinária para o julgamento do século.
Considerado por muitos habitantes como indigno para as hostes Satãnicas do reino, Adduzah o principe caira em desgraça.
Após o reinado de explendor Zadorhve o negro, que expandiu o reino por todo o Mundo Sagrado de Razhva, espalhando o caos e a maldade inumana. O seu primogénito Adduzah, filho da bela princesa Narvah e de Zadorhve, tornou-se aos olhos do povo e seus comandantes, demasiado bom, demasiado brando, demasiado covarde.
Em dois anos de governação, perdera mais de metade das fronteiras do reino, para o Lado sagrado e pior que tudo, ofendia a memória de seu pai constantemente em actos tidos como profanos, tais como sejam simples festas de convivio onde reinava a tertúlia e o prazer por cosias imorais como a leitura ou o prazer da inércia.
Caido em desgraça após a derrota em Izmaradh, a fronteira mais importante do Reino de Morbius, ele foi detido e condenado a julgamento pelos anciões do reino.
As três divindades negras, subiam agora ao pulpito da barra de tribunal, onde tomaram os seus lugares seculares, aguardando a vinda do prisioneiro.
Numa ordem seca dada pelo Supremo Juiz do Tribunal, o prisioneiro foi trazido á presença das três Divindadas.
Sem perder tempo, o Supremo juiz começou a apresentação da nota de culpa:
-Estamos aqui hoje reunidos para decidir o futuro de nosso principe Aduzahh, sucessor por direito próprio após a insanidade de Zadorhve o negro, considerado indigno do nosso Povo e dos nossos orgulhosos Costumes.
Um silêncio sepulcral instalou-se no Tribunal, tendo o juiz recomeçado:
-A decisão deste Tribunal será imediata, após a aprovação dos factos, negando o Tribunal ao prisioneiro o direito a qualquer defesa ou advogado. 
O principe acenou negativamente a cabeça e a contragosto aguardou a decisão:
-Todas as fronteiras do reino foram encurtadas em mais de metade a favor do lado Sagrado. Perdemos em batalhas escusadas grande parte dos nossos melhores generais e que fez o principe?
O juiz aguardou numa pausa teatral de forma a espicaçar a audiência:
-Não fez absolutamente nada! Divertia-se em festas literárias com os seus amigos, igualmente indignos para usarem as medalhas de Morbius ao peito.
A assitência principiava aos urros de raiva:
-Agora desejo ouvir as duas Divindades, as suas opiniões.
Rasterah, considerado o Deus Imortal da fé Insana, ergueu-se pesadamente e consentiu:
-Todos conhecemos o rasto pecaminoso do Principe. Todos havemos presenciado a sua conduta negligente, a sua pouca vocação para as questões do reino. O reino negro perdeu a sua hegemonia, perdeu a sua preserverança num combate eterno. proponho pois, que o principe seja afastado sem demora.
A rainha, no camarote real tremeu, como se estivesse exposta a mil correntes de ar, e apertando as mãos esperou que a intervenção da segunda Divindade Maligna, apazigua-se os ânimos:
Nimarah, o mais antigo, considerado o Deus de tudo existente no lado negro Inumano, juntou as palmas das mãos e levantando-se , disse de sua justiça:
-A reputação do principe, é motivo de desprezo e de risota no lado Sagrado. Não poderemos jamais tolerar que o nosso orgulho seja beliscado. generais e garbosos estrategas foram facilmente liquidados pelo inimigo. Muito sangue dos nossos irmãos tombou, fruto da incompetência deste Principe. sugiro que seja fortemente castigado e escolhido alguem mais capaz para liderar o nosso reino Negro.
Os aplausos subiram de tom, ante as lágrimas de dor da Rainha, que nervosa estava praticamente impotente para salvar o seu filho. Oh, mas ela avisara-o. Ele era brando, covarde, nunca teve feitio de lider e mais cedo ou mais tarde, seria julgado. Oh, como ela o avisara. Agora nada poderia fazer.
O Juiz Supremo, sentado, apreciou momentaneamente as alegações e de olhos vermelhos, julgou:
-Caros irmãos, por tudo o que foi dito, por tudo o que havemos presenciado nestes anos, eu Juiz Supremo do tribunal negro, declaro que o réu seja prontamente afastado do seu titulo, deserdado de todas as regalias e expulso deste Mundo, para o Vácuo Ancestral.
-Não! - Gritou a rainha. - Rogo-vos que o expulseis para outra Dimensão se preciso for, mas nunca para o vácuo. Acreditem no que vos digo, o principe pode efectivamente ter agido mal, perante vossos olhos, mas eu sinto que um dia ele será a salvação de nosso reino.
-Mas majestade, se o expulsarmos para outra dimensão ele jamais voltará.
A rainha meditou uns instantes, retorquindo de seguida:
-O bom filho sempre encontra o caminho de casa. mas se acaso não for possivel, não é o mesmo que estar no vácuo?
As Divindades negras estudaram-se por uns segundos, tendo o Deus Inumano do lado negro sentenciando:
-Efectivamente falais com a razão. Daremos uma ultima chance ao Principe. Ele será enviado para outra dimensão
Em unissono,as Divindades ergueram-se e sob elas apareceu um plano de várias Galáxias. Num gesto rápido o Juiz Supremo escolheu uma, e a seguir apontou para o Planeta Redondo, chamado de Terra:
-Eu, Juiz Supremo deste Tribunal, ofereço como exilio ao nosso reu, a possibilidade de rumar até este Planeta e aí encarnar num qualquer habitante. Se realmente o Principe for digno, e a sua mente for própria para o reino negro, poderá um dia ser chamado. Terá como função, caçar almas para o Lado Negro.
Perante os aplausos da assistência, o corpo do principe ganhou forma de Fogo e num estalo de dedos da primeira Divindade desapareceu.
Adduzah o principe do Mal, iria á Terra assumir um lado Humano e justificar aos olhos do reino, ainda ser merecedor de confiança do seu Povo.


Os dados estavam lançados! 

4 comentários:

  1. começa de forma interessante...
    "Adduzah o principe do Mal, iria á Terra assumir um lado Humano" - uhmmm e apartir daqui?? ..surpresas nao é??! :)

    Como sempre, um conto cheio de imaginaçao, personagens criadas, outros mundos criados...
    a tua imaginaçao é infinita :)

    sabes...ao começar a ler este novo conto, veio me á memoria, o livro que já editas te "A Luz das Estrelas"...nao sei se é bom ou mau comparar...mas veio me a memoria, pelas personagens criadas, pelos mundos...
    mas isto so significa k gosto de te ler e a tua escrita me marca :)

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  2. SEm duvida que é um registo que gosto e muito. No fundo, neste conto faço um pequeno périplo dos meus ensaios anteriores, não na tentativa de criar um conto perfeito, pois sinceramentecreio que jamais existirá algo assim...Perfeito.
    Mas como sempre digo escrever todos estes contos, é como subir degraus, por vezes um pouco íngremes de afirmação pessoal, na condução e concretização de algo que eu gosto....Fazer quem me lê, sonhar!
    Por tudo isto, Diablo é neste momento, o meu mais ambicioso conto, numa fusão de estilos de Enoah, de Luz das Estrelas, Lucifer e Eskizofrénico.
    Só o futuro dirá se foi conseguido!
    Entretanto espero que gostem!

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  3. Alucinaaaaante!
    Li de uma assentada as duas parte,ainda sem palavras. Se na primeira parte, crias um Mundo, na segunda resuscitas os Maias.
    Prometo que vou devorar este conto, começa bem!

    És inigualável e sabes isso!
    Hugo

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  4. Como prometido decidi ler e comentar! Como não tinha tido tempo antes, só hoje vou comentar esta primeira parte, queres que descreva em duas palavras o que achei? Completamente fantástico!
    bj*

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