sexta-feira, 22 de abril de 2011

A velha Rocha



A velha rocha, situada sobre um monte, que o tempo foi marcando em intempéries sucessivas, com as marcas evidentes no seu todo, da força das aguas,do poder abrasivo do sol,do choro de nevoeiro em cacimbo apertado Rugas de tempo, num dado momento, a seu contento. Pois a tudo isto ela resistiu.E por tudo isto não chorou.

Chamam-lhe velha, esses mesmo idosos,que procuram o seu conforto, o seu apoio, após caminhadas sofridas. A chamam de velha, sem perceber da sua utilidade.
Não pela idade em si, mas por sempre se lembrarem dela, quando era apenas uma rocha viçosa,quando passou a mesa de piquenique improvisada, quando evoluiu como castelo para brincadeiras de principes e princesas, e hoje assento dos netos.
E mais um ano passa, e os velhos que já eram velhos, talvez não voltem dia seguinte. Os novos, já não são novos, os castelos são outros e as princesas tambem.
A velha rocha, tão velha que esqueceu a idade que tem, vai ganhando confiança, esperança.
Um dia porem, virá uma escavadora ou picareta, será o aviso que seu fim chega.E deixa de ser velha, torna-se em pó. Penetra na Terra...

Será o fim? Não sei. Mas até esse dia, ela fica como sempre ficou.
ALI NO MUNDO DOS VIVOS A SENTIR QUEM PASSA!



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