terça-feira, 10 de maio de 2011

Outro Dia



Fui manta de orvalho no teu rosto esquecido
Fui cascata de lágrimas de prata, nos teus olhos perdido
Fui saliva palpitante nos teus lábios ferido
Fui gota de suor, no teu corpo sentido

Eram esses  outros tempo,
Outras inuteis marés
vida postrada a teus pés
No aconchego de um momento.

Santa criatura, de meu altar Bizantino
Santos lábios de meu desatino
Quem me poderá agora salvar
e desta minha saudade me livrar

Foram tempo de afago e afecto
Cabana abandonada sem tecto
O imenso choro derretido
Num ultimo beijo sempre prometido
.
Talvez amanhã seja o nosso dia
Talvez venha pela hora tardia
Talvez não tragas companhia
Talvez nos percamos de novo...

Outro dia!...

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