quarta-feira, 1 de junho de 2011

Infidelius - Capitulo 6 (parte 4)



"Ontem queria crescer,
hoje nem tenho tempo para morrer depois do almoço,
porque já tenho coisas combinadas com o stress...
E corro e corro e corro e corro e corro e morro,
tantas e tantas vezes na praia de objectivos
aos quais nem tive tempo de oferecer adjectivos que os qualificassem..."
Inês Dunas: "Querer ou não crer"
http://librisscriptaest.blogspot.com/2011/01/querer-ou-nao-crer.html



De sorriso incerto e pouco profundo, ela avançou o pequeno corredor até ao gabinete de Nicolas, temendo a sua reacção. Ela nunca o vira irritado ou irado e não fazia qualquer intenção de o vêr hoje.
Mas hoje, sensívelmente um ano depois de ter sido admitida, sabia que irritara o seu patrão. Só o fizera, porque o vendedor jeitoso lhe pedira com aqueles olhos de carneiro mal morto, mas ela sabia que ele não deixaria passar em branco a sua atitude.
Na verdade ela nunca sabia o que ele fazia de tão especial nbaquele horário, mas era realmente uma ordem, nunca ser inportunado: " nem que a casa arda toda, ouviu!"
Agora que passavam dez minutos das cinco, ela sabia que não deveria sair sem se despedir:
-Peço desculpa pela interrupção de há bocado.
-Não foi de facto um gesto que tenha gostado. - Nicolas permanecia irritado.
-Compreendo Sr. Nicolas, mas....Fui tonta. Perdoe-me.
-Não.
-Como?
-Não, não perdoo!
-Percebo. - Sofia tentava segurar as lágrimas.
Ele encostou-se ás costas da cadeira e olhou-a friamente.Para azar dela, um certo Caio havia-o transtornado e como não podia descarregar a sua raiva em Marisa, da forma que pretendia, usava agora a sua secretária.
Na verdade nunca lhe dera atenção, nesse ano que haviam trabalhado juntos. Ela havia sido seleccionada, porque Nicolas se apercebeu que era igénua e que realemente precisava de um emprego. Para além disso, devido às suas actividades suspeitas, não podia de forma alguma deixar a papelada que o poderia comprometer nas mãos de uma assistente com mais calo.
Durante anos, ele havia chantageado o seu ex-sócio Jerome e sabia bem da importância de deixar documentos oficionais reveladores das suas negociatas.
Nicolas contemplava-a agora com outros olhos. Via-a como uma mulher e a sua fúria e ânsia por castigo estavam em alta:
-Menina Sofia, está contente com o seu posto de trabalho.
-Muito.
-Não a tenho tratado sempre muito bem?
-Sim, tem.
-Não lhe pago um salário interessante para a sua função e experiência?
-Sim, paga!- Concordou prontamente.
Ele hesitou por uns instantes, como que escolhendo as palavras, para atirar sêcamente:
-Como está a sua mãe?
Como ele podia sabêr da doença da mãe? Ela jamais contara algo sobre isso!
-Recuperando. - Mentiu num subilar nervoso.
-Muito bem e calculo que queira  manter este posto de trabalho?
Sem saber como, ela sentiu as suas pernas tremerem. Raramente isto lhe sucedia, mas a verdade é que aquele homem habitualmente meigo e dócil, mantinha-se frio e autoritário e ela simplesmente não podia perder este emprego. Se fosse há uns anos tinha-lhe respondido que metesse o emprego onde bem entendesse, mas finalmente ela principiara a amealhar algum dinheiro e em breve poderia enfrentar o futuro sem se preocupar muito com a reserva da pensão da mãe:
-Sim. Pretendo manter este posto de trabalho. - Proferiu olhando-o nos olhos.
-Quando dou uma ordem, enquanto estiver neste edifìcio, espero que a cumpra...
-Com certeza, não repetirei o erro.
Numa presença firme  observava-a em pé diante da sua mesa de trabalho:
-Isso é um promessa?
-Absoluta Sr. Nicolas.
-Então para ver se nos entendemos,abra a camisa!
-Como? - Ela olhou-o estupefacto.
-Caso não tenha percebido, isto é uma ordem!
Ela pareceu hesitar, mas aquela voz dele tão firme e decidida não lhe deixava chance.Nos segundos que se seguiram à ordem,calculou que fosse um teste. Sim era isso, um teste, só para ver como ela reagia.Lentamente chegou os ombros para trás e abriu os botões da camisa. demoradamente esperando que a qualquer instante ele a mandasse parar.
O sutiã roxo espreitava timidamente por entre a camisa entreberta e foi só no ultimo botão que ela percebeu que ele não iria mandá-la parar.
Nicolas manteve a mesma posição que tinha e num tom calmo ordenou:
-Tire-a!
-Sim.
Sofia sentia o seu lugar em risco, o fim das suas poupanças, o secreto adeus ao curso de estilista e pior que tudo uma atitude dele que nunca vira. Não conseguia raciocinar, ou melhor, nem ousava questionar. Não tinha problemas em mostrar o sutiã na sua plenitude se era isso que ele pretendia.
Calmamente tirou a blusa, exibindo o farto sutiã:
-Um peito bonito.
-Obrigado senhor. - Agradeceu baralhada.
-Quero vê-lo!
Ela olhou-o pausadamente e sabia que não tinha como recusa. Não era isto que tinha idealizado e nunca ele se comportara assim consigo. Não percebia verdadeiramnente o que pudesse ter feito que originasse tal fúria, mas agora seria certamente bastante errado se o contrariasse. Levando as mão atrás, soltou com perícia os ganchos de metal nas suas costas. Segundos depois as alsas caíam, revelando os seios redondos e volumptuosos.
Como um espectador de cinema, Nicolas observou longamente os traços característicos da sua intimidade, deteve-se no rebordo saliente e nos mamilos vazos, à espera de um carinho, pensou.
-Abra as calças!
-Não. Isso não!
-Porque não? - Indagou com falsa paciência.
-Não penso que seja o correcto.
-Não lhe pago para pensar, mas para obedecêr. Tem algum problema com isso?
Ela tinha vontade de gritar e em ultima circunstância de sair a corrêr. Mas para onde poderia ela ir? Este emprego mantinha-a afastada das penosas tarefas de lavadora circunstancial de escadarias e lhe proporcionava um vivêr mais tranquilo.
-Não senhor, não tenho problemas com isso. - mentiu num tom nervoso.
-Então abra-as!
Com alguma impaciência ele observou o botão metálico  a soltar-se, sopb as suas unhas pintadas de um vermelho vivo.
Exibiu nervosamente, pela abertura em V das calças, um rosa imaculado das suas calcinhas de algodão.
Nicolas sorriu por finalmente vêr uma jovem usar roupa feminia apropriada ao invés dos boxers masculinos de Marisa.
-Tire as calças!
-Sim senhor. - Sofia já percebêra onde tudo iria dar e já estava por tudo.
Como diria a musica, "somos a fachada de uma coisa morta" e para ela tudo havia morrido nesse momento.
Depois de se livrar das calças, ela baixou as calcinhas, exibindo um sexo escondido por entre pêlos negros.
Como o da Marisa!, sorriu Nicolas
Numa atitude ponderada, levantou-se aproximando-se dela, sendo que ela dominada pelo medo era incapaz de se mexer. Num gesto calculado dirigiu-se à porta do gabinete abrindo-a para trás.
Sempre estavam os dois sozinhos naquele escritório e praticamente as unicas pessoas que os poderiam surpreendêr, seriam vendedores ou o carteiro. Não se relava com isso, a unica preocupação era intimidar Sofia.
De seguida, abriu os estores metálicos das duas janelas, levando-a a esconder-se atrás da secretária. A fachada do pequeno escritório era rodeada de prédios incrivelmente altos e era fácil ser vista pelos vizinhos naquele gabinete.
-Que faz aí em baixo? - Questionou friamente.
-As janelas...
-Não a autorizei a mexer-se, pois não? - Inquiriu em tom de desafio.
-Não, mas...
-Levante-se...
A custo ela obedeceu, recuperando timidamente a sua posição inicial,completamente nua para as duas janelas. Todo o seu corpo tremia e já era nitido o esforço que fazia para segurar as lágrimas que encimavam nos seus olhos redondos. Com terrôr, ouviu o barulho da fivela do cinto abrir-se, ouviu o ruído do fecho das calças a abrir-se. Tudo o mais estava no perfeito silêncio e evitando virar-se, era no barulho que ele proporcionava em que ela se concentrava.
Pausadamente ele foi-se aproximando dela até as suas mãos estacarem nos seus ombros nus, mantendo-a de costas direitas para as janelas:
-Sabes o que me apaixona? - Segredou-lhe ao ouvido.
-Não senhor! - Respondeu trémulemente
-Os rostos das pessoas.
Ela procurava algum ponto fixo no horizonte para se concentrar e "fugir" mentalmente dali.
-Não compreendo! - Tentou ganhar tempo.
-Não é incrível a expressão de uma mulher?
-...
-Já se viu ao espelho enquanto se masturba?
Ela perdeu a compustura inicial, tentando confrontá-lo com o olhar:
-Perdão?
-Schiu. Não te mexas, tiras a piada tôda. Como estava a dizer, a expressão facial de uma mulher a atingir o orgazmo é sublime e merece ser vista. Estamos de acordo?
-Nã...Sim....sei lá!
Sem esperar qualquer frase concreta ele forçou-a a dobrar-se abriu-lhe as pernas e então introduziu o seu pénis violentamente, proporcionando a ela um grito de terrôr.
-Virgem?
-Sim. - Concordou entre choro.
-Perfeito. Vai ser inesquecível!
Nas primeiras estocadas ela sentiu todo o seu corpo a rasgar-se. Tudo nela era dôr, violência, incredulidade. Até que a dôr foi abrandando, sentindo o escorrer do sangue pelas pernas.
Nicolas parecia gozar a situação e em momento algum abranbdou o ritmo ou a intensdidade.
Dez minutos depois deste frenético ritmo, ela começava a sentir algo indiscrítivel. Não era dôr, não era prazer, era uma sensação de alívio como se realmente tudo estivesse a passar e a finalizar.
Mas Nicolas era obviamente um homem experiente e quando se sentia a explodir, travava  e tirava-o fora contemplando e sorrindo voltava a penetrá.-al. Ela não tinha ordens para o olhar ou para desviar o ol,har das janelas. reparou com terrôr, alguns rostos colados nas janelas vizinhas, e fechou os olhos. Deixar-se-ia ser usada até quando ele quizesse.
De subito ela tremeu.
Nicolas em toda a sua eficiência mudava de alvo, um pouco mais acima:
-Já que estamos em inauguração...
E a frio sentiu a magnitude do seu membro invadir-lhe o ânus.
Era demais, não podia ter acontecido. nada disto podia ter sucedido. Ela apenas queria ter uma vida melhor. Apenas sonhara em ser alguem diferente de lavadora de escadas.
Agora não era nada, nem Puta era....Apenas um fragmento de algguem que fôra em tempos.
Perde-se a alma numa subida de condição, perde-se a dignidade nos poucos escrupulos de um patrão com tesão.
Teria de aprender a viver com isto, pensou no regresso a casa, nesse dia.



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