Os detritos de uma vida
esses a chuva levou
como se fossem lágrimas
na calçada da vida
tudo ela limpou.
Grossas as nuvens que me olham
longas as filas que me demoram
como um delírio de chopin
em teclas brancas de ilusão,
vou matando assim o serão.
Invade-me este cinzentismo
acompanha-me como um maneirismo
Bogart de gabardine
sem sorriso, sem Casablanca
sem tostão na banca
Crises em crise divagando
ternura em suave pranto
eira de mim, assim perdido
Ouvir Simone de fina Oliveira
Desfolhada da vida
com certeza.
Rosário de dias perdido
horas a fio por ti esquecido
silêncio nostálgico
entre nós nevrálgico
para que fiz chá,
se o o bebo sozinho?
Soberbo este meu penar
de loutros dias a sonhar
são as chuvas de novembro
a anunciar a solidão de Dezembro
Quando se voltará a ouvir o compasso?
Oh!Bogart de Penafiel, :))), é um verdadeiro prazer acompanhar o teu compasso! Sempre uma delicia ler-te, mesmo quando estas melancólico!
ResponderEliminarUm beijinho envidraçado pelas chuvas de Novembro!
Inês Dunas
Oh,Inês que bom esse comentário numa manhã fria.
ResponderEliminarGrato por teres gostado.
beijufas!