Para onde vou ó dor!
Solicitude perene das horas mortas,
No eixo de mim que tudo roda,
O devir de minha alma
Onde sempre perdi a calma.
Ó horas vagas de dor tamanha
Ó quietude de gente estranha
Paraíso cipreste de vaga montanha
Houvesse fé, neste Povo que se amanha.
Delírio vago de quem nada sonha
apenas tem aquilo que tem
lancinante coragem de ser Mudo
Esqueçam de mim, que sou surdo.
Outrora Violetas sob meus pés descalços
hoje urtigas me guiam
Inclinando o meu caminho
Onde outrora os sorrisos se erguiam
Para onde vou, ó dor?
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