quarta-feira, 18 de abril de 2012

Haveria Sempre Poesia, Nas horas mortas de maresia

Havia um certo sentido no afastamento
Um certo tremor de deslumbramento
Havia até as fadas que circundavam
Nos murmúrios que outras vozes calaram
Havia a pequenez de tentar ser gente
havia saliva e talento descrente
Faltava a voz de sopro vulcânico
Faltava o sangue, a veia e vinho balsâmico.
Havia o narcisismo de quem acha que pode
Havia a tentação de quem não se recorda
Faltava o tormento das horas mortais
Faltava o tempo para gastar em blogs e os demais.
calava-se sempre a virtude na incerteza
de no fundo e lá pelo fundo, não ter a certeza.
Eram as sombras dos desatinos do poeta!
Ou o adeus na imensa recta.
Outros eram em palmas castradas
Em jubilos insatisfeitos...Ah, loucos preceitos!
Na rima que não vinha, nesse comboio de Janeiro
Nesse campo ao abandono sem jardineiro.
Nunca mais esse tempo, foi o meu primeiro!
E parado foi ficando prisioneiro
Longe das ondas de maresia
Longe de contos, trovas ou..
Seria o verdadeiro?
Que se faça silêncio agora
nos restos fúnebres do medo que morre
nada mais tenho a memorizar
Que não passarei outra vida a Poetar...

3 comentários:

  1. ohhhhhhhhh
    como é bom ter ler...
    como é bom te voltar a ler...
    como escreves tao bem, como tocas cá dentro...
    esta pausa na tua escrita ja sufocava...tantas e tantas vezes a percorrer o teu blog á procura de novidades e eis que finalmente se fez: plim!
    és divinal
    és talento
    és poesia
    és prosa
    és misterio
    és quem nas letras, mais admiro!

    Não pares nunca , nunca nunca de escrever...
    Parar e morrer...
    e se eu paro de te ler.......!
    Dá-lhe roger
    dá.lhe :P

    ass. da tua fã: Dany!

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  2. Seja na poesia, seja na prosa tens um talento enorme e consegues tocar no fundo da alma.
    Obrigada por mais esta maravilha!
    beijinhos*
    Claudia Almeida

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  3. Oh tá brutal!

    (Anita)

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