sábado, 21 de novembro de 2015

Limão de ácido Ventre





Já um dia foste larva
Já um dia foste parva
Em casulo logo erigido
Num desespero escondido

Já um dia foste semente
Já um dia foste presente
Sémen de pouca virtude
Grão sem grande atitude

Hoje és o que eu neguei
A amargura que nunca terei
O rasgo do sorriso mouco
num Mundo sempre louco

Foste essência de Alecrim
feiticeira de Cetim
haverá estrada lá fora?
tardará a saída...a demora!

Hoje és vento fútil
aragem de tempo inútil
E tudo logo se esvai
Como criança sem pai!

Filha de um tempo banal,
a ti chamaram dona do mal
te deram o nome de Ignorância
para que o povo tenha tolerância!

Haja fé que ela morra,
haja crença que se acabe.
Que sobre ela se discorra
pode voltar, nunca se sabe.


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