quarta-feira, 6 de outubro de 2021

FEBRE DE SÁBADO À NOITE

 



FEBRE DE SÁBADO À NOITE




Vens no sussurro da noite… Insana!

Mordes-me a pele, lambes-me a alma.

Fundas em mim os dedos, garra soberana

Vences-me no suspiro de quem me ama.

Sou peça, sou corpo, sou pó, sou Teu!

 

Na tua loucura…Teu prisioneiro!

Sob teu corpo nu… Meu cativeiro.

Hoje sou tua vítima…Teu primeiro!

Nesta neblina insana…Verdadeiro.

Fragância de Delírio Nefasto.

 

Dilaceras em mim a carne da vida.

Absorves de uma vez, a poesia, dita.

Jorro...sangue vermelho, na tua retina.

Beijas-me como quem devora!

Montas-me como quem me ignora!

 

Sou apenas a tua vítima nocturna.

Placidamente em noite soturna!

Moribundo de gemidos de prazer…

Em ti, em mim…O sangue a ferver!

Vampiresca obsessão, sem perdão

 

Afagas-me em encantos de Cítara.

Usas e abusas…Mente de querubim

Corpo mágico de feitio, seio perdido,

Num lábio metido, gesto incontido

 

Acordo, em manto suado de Febre

Trinta e nove graus de Gripe

Vazio, inerte, sozinho

A alucinação de corpo doente

Numa alma demente.

 

Graças a Deus é Sábado...















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