Viuva Negra, a aranha
No tecto, muito Estranha
Descendo num fio de teia
invade o espaço que nos medeia
Vai chegando como lhe apetece
tentando afastar minha prece
eu, deitado, imobilizado
de medo estou paralizado!
a picadela de tal criatura
é a dor que logo perdura
Mortal talvez, me parece
este azar, que a Sorte merece
Não respiro, nem me afasto
estou em meu leito, nefasto
pois a pobre criatura
já está na minha cintura
Sinto as patas peludas
descendo em minhas pernas nuas
sinto o suave tactear
espera a altura de me picar!
DE subito ela se vira,
como se me visse, ela me mira
as garras afiadas,de olho vidrado
Não me mexo, estou paralizado
Um gesto repentino, e ela ataca
prontamente ergue uma pata
Fecho os olhos, grito em Pranto
Aracnofobia, sofro tanto!
Sabia que ia ser assim
Um insecto peludo e nefasto
Me escolhera para repasto
Seduzia para se livrar de mim
Um indicador levantado
Merda afinal sou Homem!
Num gesto irado, um sopapo
Sem barulho, que outros dormem
Atormentada por minha reacção
Lá vi, a coisa peluda
a abandonar a tentação
só o meu medo perdura
Vai-te criatura vil
volta para o teu covil
dominei meu medo
sobrevivi a meu credo
Muito bom. Bela poesia! Vamos lendo, apreciando e imaginando o ataque sombrio, o medo, o arrepio...
ResponderEliminarTudo é poesia.
Bjs
Luiza,
ResponderEliminaro quanto me honra seu comentário, sua apreciação!
Um muito obrigado.
Espero ver seus comentários por aqui mais vezes, julgo ser positivo :)
Beijos e boa semana :)